Grevistas da Anvisa ampliam rigor de fiscalização em cargueiros
O comando nacional da greve da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) resolveu retaliar uma medida do Sindicato das Agências Marítimas do Estado de São Paulo (Sindamar), na tentativa de esvaziar a manobra dos empresários. No início da semana passada, o Sindamar ...
Redação
12/04/2006 00:00
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O comando nacional da greve da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) resolveu retaliar uma medida do Sindicato das Agências Marítimas do Estado de São Paulo (Sindamar), na tentativa de esvaziar a manobra dos empresários. No início da semana passada, o Sindamar conseguiu uma autorização da Coordenadoria da Anvisa para que os navios cuja primeira escala fosse no Porto de Santos desviassem a rota para outro atracadouro onde não houvesse greve, e só depois retomassem o destino original. Como a inspeção in loco só é necessária na primeira parada da embarcação no país, o navio que adotasse o procedimento não precisaria ser novamente vistoriado ao chegar na Barra de Santos, dependendo apenas da livre-prática via rádio para atracar. Diante da demora do Governo Federal em negociar com a categoria — esta é a maior greve da Anvisa na história recente, tendo começado em 21 de fevereiro —, a alternativa do comando de greve foi passar a fazer a inspeção seguindo à risca o que manda a legislação, ao invés de realizar uma simples visita. A situação em Santos é a mais crítica do país, afirmou ontem a assessoria de imprensa da Anvisa. Atuando em esquema especial devido à paralisação, o posto local da agência conta hoje com cinco servidores. Um é o chefe da sessão e os outros quatro são fiscais. Mas dois deles folgam enquanto os outros dois trabalham (o turno é de 12 horas), ou seja, na prática, há apenas dois profissionais disponíveis para fiscalizar os navios. Segundo o representante do comando de greve, chegam em torno de 15 a 20 embarcações por dia. O impacto da paralisação em Santos é ainda pior por ser um porto concentrador, ou seja, há cargas — muitas delas essenciais, como medicamentos e alimentos — que são desembarcadas aqui para depois serem transferidas a outros estados. A segunda pior situação é no Porto do Rio de Janeiro. Segundo a Anvisa, lá há seis fiscais trabalhando, mas a demanda de navios no cais fluminense é menor do que no paulista. Diante da falta de negociação com o Governo Federal, a indicação do movimento era para continuar ‘‘radicalizando’’. Ou seja, só atender com mandado judicial. O Sindamar calculou em US$ 80 milhões (R$ 168 milhões), até a última sexta-feira, os prejuízos causados aos agentes marítimos devido à paralisação dos servidores. Um novo balanço sai no final da semana. Além de Santos, estão em greve fiscais da Anvisa dos portos de Maceió (AL); Itaqui (MA); Cabedelo (PB); Natal (RN); Manaus (AM); Suape (PE); Pecém (CE); Tubarão e Vila Velha (ES); do Rio de Janeiro e Sepetiba (RJ); São Sebastião (SP); Rio Grande (RS); e de Itajaí (SC). Entre os principais do país, apenas Paranaguá (PR) e Porto Alegre (RS) estão em situação regular.
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