Não houve vítimas entre os trabalhadores envolvidos na operação. Estaleiro descarta falha em seus equipamentos e está avaliando os prejuízos. Bóia de sustentação de risers foi desenvolvida pela Petrobras para produção em águas ultraprofundas.
A transferência do protótipo da Bóia de Sustentação de Risers (BSR) da Petrobras do mar para o dique seco do estaleiro Sermetal, no bairro do Caju, terminou em susto para os trabalhadores envolvidos na operação, realizada no final da tarde de ontem (27/10). Dois dos anéis de sustentação da BSR, também conhecida como bóia de superfície, cederam durante a operação, o que fez desabar a lança do guindaste responsável pelo içamento.
O diretor de Produção do Sermetal, Carlos Henrique Moreira Gomes, informou que não houve vítimas e descartou a possibilidade de qualquer falha nos equipamentos do estaleiro. Em relação à BSR, Gomes disse que não foi observado nenhum dano aparente. No início de agosto, a BSR foi rebocada do Sermetal, onde foi construída, para a realização de testes no campo de Congro, na Bacia de Campos, que fica a uma lâmina d´água de 500 metros.
A bóia mede 27 metros por 27 metros, e é um dos projetos desenvolvidos pelo Centro de Pesquisas e Desenvolvimento (Cenpes) da Petrobras. O equipamento é uma das alternativas para viabilizar a produção de petróleo em lâminas d´água de 3 mil metros. A função da BSR é desacoplar os movimentos de uma plataforma sobre os risers de produção, e evitar as altas cargas de fadiga de material.
Segundo o diretor do Sermetal, a bóia estava retornando para o estaleiro para ajustes. Ainda estamos levantando todas as informações sobre o acidente. Por isso, ainda não temos estimativa de prejuízos. O principal dano constatado até agora foi a lança do guindaste danificada.
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