Redação TN Petróleo
Uma plataforma petrolífera da estatal Pemex (Petroleos Mexicanos) que operava no Golfo do México pegou fogo ontem (2) deixando quatro pessoas mortas e dezesseis feridos. A estatal afirmou em comunicado que o incêndio aconteceu na área de desidratação e bombeamento da plataforma Abkatun Permanente na Sonda de Campeche, uma das regiões de extração mais importantes da petroleira. Ainda não foram descobertas a causa do acidente.
Em 2012, o presidente Enrique Peña Nieto conseguiu aprovação do congresso de seu país para um projeto de lei de reforma energética que abre o setor petrolífero mexicano para empresas e investidores internacionais, flexibilizando o monopólio mais antigo da história do petróleo. O país foi um dos principais produtores do mundo e a sua produção começou a decair pela própria incapacidade de investimentos.
Entretanto, a Pemex registrou um prejuízo líquido de US$ 7,75 bilhões em 2014. Em janeiro de 2015, a Reuters informou que 8% dos contratos assinados pela empresa em 2013 tinham elementos fraudulentos e quetionáveis. A estatal, que gera um terço das receitas fiscais do México, também foi golpeada pela queda do preço do barril de petróleo e do peso frente ao dólar.
Acidente reacende debate sobre segurança operacional
É importante lembrar que uma refinaria do Pemex localizada em Reynosa, no Estado de Tamaulipas (norte), pegou fogo em 2012 deixando 26 mortos. Portanto, faz-se necessário ressaltar a questão da segurança operacional, ponto crucial para as companhias de petróleo no mundo inteiro e que foi tema de pesquisa da multinacional de corretagem de seguros e gerenciamento de risco Marsh, divulgado no final do ano passado.
Em sua última edição, a revista TN Petróleo avaliou o estudo e constatou que, dentre o total de acumulado de perdas patrimoniais na indústria do petróleo nos últimos 40 anos (US$ 34 bilhões), os maiores acidentes ocorreram nas atividades de upstream (34%). Ao todo, o setor teve uma perda patrimonial estimada em US$ 130 mihões. Em seguida, o setor de refino ocupa a parcela significativa de 29% dos acidentes ocorridos na indústria. O estudo mostra que os projetos de expansão e manejo de plantas de refino é uma questão que as autoridades reguladoras estão mostrando cada vez mais preocupação, exigindo garantias de controle de risco.
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