Tema foi debatido ontem em painel específico.
Redação TN"Muitos desafios pela frente". A frase foi consenso entre os participantes do Painel "Futuro do Mercado de Gás Natural no Brasil", que aconteceu ontem, no segundo dia da Rio Oil & Gas. De acordo com o presidente do Conselho Diretor da Associação Brasileira de Indústria Química (ABIQUIM), Henri Armand Slezynger, o setor industrial brasileiro movimentou cerca de US$ 168 bilhões no ano passado, mas poderia ter superado esse valor. "O consumo do país está sendo suprido por importações. O que é uma pena", alertou.
Na opinião de Slezynger, para eliminar o número elevado de importações, seriam necessários investimentos na faixa de U$ 10,2 bilhões, até 2020. Segundo ele, o Brasil tem as ferramentas necessárias para mudar o jogo. "Temos um mercado doméstico em constante crescimento, um parque químico de altíssima qualidade técnica e agricultura forte", disse.
O executivo também chamou atenção para a necessidade de investimento na produção do gás não convencional. De acordo com ele, Estados Unidos, China e Argentina já são grandes produtores, o que significa que é urgente que o Brasil se adeque. "Nosso pioneirismo na América Latina corre riscos com o crescimento desses países, em especial da Argentina. Não há país economicamente forte sem indústria química forte", completou.
Slezynger defende que o gás não convencional fosse explorado em sua totalidade, sanaria as necessidades energéticas do mundo por 250 anos. Mesmo que no Brasil, o gás fosse explorado, existiria o obstáculo da falta de dutos. De acordo com o gerente executivo corporativo da área de Gás e Energia da Petrobras, Hugo Repsold, a situação do país está evoluindo. "De 2005 a 2012, foram investidos U$ 15 bilhões na construção de 4 mil quilômetros de gasodutos no país. Um aumento de 82% na produção", afirmou.
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