Inflação

IPCA-15 varia 0,23% em agosto, divulga IBGE

Redação TN Petróleo/Assessoria
25/08/2020 15:50
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O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) variou 0,23% em agosto, após ter registrado 0,30% em julho. No ano, o IPCA-15 acumula alta de 0,90% e, em 12 meses, de 2,28%, acima dos 2,13% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em agosto de 2019, a taxa foi de 0,08%.

Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, sete tiveram alta em agosto. Os Transportes (0,75%) registraram o maior impacto positivo no índice do mês, com 0,15 ponto percentual (p.p.), embora tenha havido desaceleração em relação a julho (1,11%). Já a maior variação positiva veio dos Artigos de residência (0,88%), que subiram pelo quarto mês seguido. Os preços dos produtos e serviços de Habitação (0,57%) e Alimentação e bebidas (0,34%) também subiram, com impactos de 0,09 p.p. e 0,07 p.p., respectivamente. No lado das quedas, o destaque foi Educação (-3,27%), com contribuição de -0,21 p.p. Os demais grupos ficaram entre a queda de 0,63% em Vestuário e a alta de 0,86% em Comunicação.

O resultado do grupo Transportes (0,75%) foi mais uma vez influenciado pelos combustíveis (2,31%). O maior impacto individual positivo (0,12 p.p.) no índice do mês veio da gasolina, cujos preços subiram 2,63%. O óleo diesel (3,58%) e o gás veicular (0,47%) também subiram, enquanto o etanol caiu 0,28%. Além do etanol, os preços das passagens aéreas (-1,88%), do transporte por aplicativo (-6,75%) e do seguro de veículo (-1,92%) também recuaram, este último com impacto de -0,02 p.p no IPCA-15 de agosto.

Os Artigos de residência (0,88%) aceleraram em relação a julho (0,68%). As maiores contribuições (0,02 p.p. e 0,01 p.p., respectivamente) vieram dos itens TV, som e informática (2,50%) e eletrodomésticos e equipamentos (0,94%). Já os preços de mobiliário (-0,14%) seguem em queda, embora menos intensa que a de julho (-0,91%).

InstitucionalNo grupo Habitação (0,57%), o destaque foi a energia elétrica (1,61%), por conta dos reajustes tarifários em: Belém (2,73%): reajuste de 2,86%, a partir de 7 de agosto; São Paulo (3,34%): reajuste de 3,60% em uma das concessionárias, em vigor desde 4 de julho; Fortaleza (1,18%): reajuste de 3,20%, a partir de 1º de julho; Salvador (2,24%): reajuste de 4,41%, vigente desde 1º de julho; Recife (2,89%): reajuste de 4,55%, em vigor desde 1º de julho; Belo Horizonte (1,46%): reajuste de 2,59% a partir de 1º de julho; e Porto Alegre (1,49%): reajuste de 5,23% em uma das concessionárias, a partir de 1º de julho.

Vale lembrar que, no final de maio, a ANEEL decidiu manter a bandeira tarifária verde, em que não há cobrança adicional na conta de luz, até o final deste ano. As únicas áreas onde os preços da energia elétrica recuaram foram Curitiba (-2,59%) e Brasília (-0,36%), ambas devido às reduções nas alíquotas de PIS/COFINS.

Ainda em Habitação, houve alta também nos preços de alguns materiais de construção, como cimento (5,26%), tijolo (4,83%) e areia (1,53%). Os destaques em queda foram os artigos de limpeza (-0,47%) e gás encanado (-0,66%), cuja variação decorre da redução de tarifária de 5,16% no Rio de Janeiro (-2,24%), válida desde 1º de agosto.

O grupo Alimentação e bebidas apresentou alta de 0,34% em agosto, após a queda de 0,13% verificada em julho. Os alimentos para consumo no domicílio subiram 0,61%, influenciados principalmente pela variação observada nos preços das carnes (3,06%), do leite longa vida (4,36%) e das frutas (2,47%). Outros produtos importantes na cesta das famílias, como o arroz (2,22%) e o pão francês (0,99%) também subiram. Já os preços do tomate (-4,20%), da cebola (-8,04%), do alho (-8,15%) e da batata-inglesa (-17,16%) seguem em queda, esta última com impacto de -0,03 p.p. no índice do mês.

Na alimentação fora do domicílio (-0,30%), o impacto negativo mais intenso (-0,02 p.p.) veio da refeição (-0,52%), cujos preços haviam ficado praticamente estáveis em julho (0,02%). O lanche, por sua vez, passou de 0,20% em julho para 0,06% em agosto.

A deflação (-3,27%) e a contribuição negativa mais intensas (-0,21 p.p.) no índice do mês vieram do grupo Educação. Com a suspensão das aulas presenciais por conta da pandemia de Covid-19, várias instituições de ensino concederam descontos nos preços das mensalidades, que foram devidamente apropriados no IPCA-15 de agosto, conforme disposto na nota técnica 02/2020. Com isso, os preços dos cursos regulares recuaram 4,01%. A maior queda foi observada na pré-escola (-7,30%), seguida pelos cursos de pós-graduação (-5,83%), de educação de jovens e adultos (-4,74%) e de ensino superior (-3,91%).

Houve altas em todas as regiões pesquisadas, em agosto. O maior índice foi na região metropolitana de Belo Horizonte (0,37%), por conta das altas nos preços das carnes (7,01%) e da gasolina (3,56%). Já a menor variação foi em Brasília (0,08%), devido às quedas de alguns alimentícios, como batata-inglesa (-34,68%) e banana-prata (-12,90%).

Para o cálculo do IPCA-15, os preços foram coletados entre 15 de julho e 13 de agosto de 2020 (referência) e comparados com aqueles vigentes de 16 de junho a 14 de julho de 2020 (base). O indicador refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia. A metodologia utilizada é a mesma do IPCA, a diferença está no período de coleta dos preços e na abrangência geográfica.

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