Foi lançado no mar, nesta quinta-feira (27), no Rio, o Log-In Jacarandá, primeiro navio porta-contêiner construído no Brasil. A embarcação, encomendada pela empresa de logística Log-In, foi construída pelo Estaleiro Eisa, com verbas do Fundo da Marinha Mercante (FMM). A embarcação entrará
RedaçãoFoi lançado no mar, nesta quinta-feira (27), no Rio, o Log-In Jacarandá, primeiro navio porta-contêiner construído no Brasil. A embarcação, encomendada pela empresa de logística Log-In, foi construída pelo Estaleiro Eisa, com verbas do Fundo da Marinha Mercante (FMM). A embarcação entrará em operação no primeiro trimestre de 2011. Na ocasião, foi realizado também o batimento de quilha do primeiro graneleiro da Log-In.
O investimento total da Log-In na construção de navios é de cerca de R$ 1 bilhão. De acordo com a empresa, o último navio-contêiner brasileiro havia sido construído em 1995.
O Jacarandá é o primeiro do lote de cinco navios porta-contêineres e dois graneleiros que estão sendo construídos pela Eisa para a Log-In, integralmente financiados com recursos do Fundo da Marinha Mercante (FMM) e tendo como agente financeiro, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
"Após concluída a entrega da encomenda pelo estaleiro, a capacidade final da Log-In saltará dos atuais 10.000 TEUs (contêineres de 20 pés ou equivalente) para 13.500 TEUs", informa o diretor-presidente da empresa, Mauro Dias.
A cerimônia de lançamento contou com as presenças do vice-presidente da República, José Alencar, do governador Sérgio Cabral, o ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, o presidente do Sindicato Nacional da Indústria Naval (Sinaval), Ariovaldo Rocha, representantes dos governos estaduais e municipais, além de empresários e executivos do setor. A madrinha da embarcação, uma tradição no setor naval, é D. Mariza Campos Gomes da Silva, esposa de José Alencar.
No lançamento, o vice-presidente da República, José Alencar, disse que a inauguração do Jacarandá marca mais um passo no renascimento da indústria naval brasileira. Segundo ele, a reativação da indústria naval é importante não só pela geração de empregos, mas também para estimular o transporte de cargas por via aquática dentro do território nacional.
“A navegação de cabotagem no Brasil é de uma importância muito grande para a economia como um todo. O transporte marítimo é muito mais econômico e o Brasil possui, de graça, essa estrada maravilhosa, que são quase oito mil quilômetros de costa atlântica. O Brasil deveria ter, há mais tempo, desenvolvido a indústria naval”, disse Alencar.
Segundo o ministro dos transportes, Paulo Sérgio Passos, a indústria naval empregava 30 mil pessoas antes da crise do setor, entre a década de 1990 e o início desta década. "No auge da crise, a indústria passou a empregar apenas duas mil pessoas. Hoje empregamos mais de 45 mil”, apontou Sérgio Passos.
Log-In Jacarandá em números:
- Comprimento total: 218,45 metros
- Comprimento entre perpendiculares: 207,50 metros
- Boca: 29,80 metros
- Calado de verão: 11,60 metros
- Altura total acima da quilha: 51,50 metros
- Peso: 10.000 toneladas
- Capacidade de transporte: 2.800 contêineres de 20 pés (cerca de 38 mil toneladas)
- Substitui 2.800 caminhões
- o navio emite até 80% menos gases do efeito estufa na atmosfera
Porte Bruto:
- No calado de verão: 37.800 TPB
- Arqueação bruta: 28.400 TAB
Classificação ABS:
- Classe: A1, Contêiner Carrier, E, MAS, ACCU, APS, SHCM, NIBS.
- Classificadora: ABS (American Bureau of Shipping)
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