Jornal do Brasil
Concluídas as negociações para aquisição do estaleiro Sermetal - antigo Ishibrás, na Ponta do Caju (RJ) - o consórcio Rio Naval aguarda as licitações para construção das plataformas P-55 e P-57, em fase de preparativos pela Petrobras, além dos petroleiros da Transpetro, a subsidiária de logística da estatal. Majoritário no consórcio (80%), que também inclui as brasileiras Iesa (10%) e Sermetal (10%), o grupo MPE de engenharia já começou a negociar com os empresários da Coréia do Sul a conversão do estaleiro Hyundai - parceiro tecnológico - à condição de sócio do Rio Naval, por exigência da diretoria da Petrobras para a inclusão dos coreanos na disputa pelas plataformas.
Pelos cálculos de David Fischel, diretor-presidente da Empresa Brasileira de Engenharia (EBE), empresa do grupo MPE, as duas plataformas deverão movimentar cerca de US$ 2 bilhões. Se bem-sucedido nos planos para o setor naval, o MPE deverá duplicar seu faturamento, de R$ 700 milhões no ano passado.
Fischel disse que acertou os termos do negócio para aquisição do Sermetal com o IVI (Indústrias Verolme Ishibrás), proprietário do estaleiro. Mas o contrato só será assinado após a conclusão da concorrência.
De acordo com ele, a adequação do estaleiro deverá demandar US$ 20 milhões. O Sermetal é o único do país com dique seco capacitado para construir os petroleiros.
A licitação da subsidiária de logística da Petrobras, que deverá renovar a frota de petroleiros, foi iniciada no fim do ano passado, com a publicação de um pré-edital de qualificação. Hoje expira o prazo para a análise dos recursos impetrados. A estimativa é colocar o primeiro navio para flutuar em um ano.
O consórcio Rio Naval também pretende participar da concorrência que deverá ser promovida nos próximos meses pela Petroleos de Venezuela S.A (PDVSA), com vistas à renovação da frota de petroleiros daquele país.
- Essa licitação é o primeiro passo para sermos competitivos também no mercado externo.
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