Indústria naval

MacLaren construirá módulos de geração de energia da P-52

Depois de dez anos sem contratos de grande porte, o estaleiro MacLaren, em Ponta da Areia, Niterói, voltará a funcionar plenamente. A direção do estaleiro assinará contrato hoje, às 10h, na secretaria Estadual de Energia, Petróleo e Indústria Naval, com a ABB MMO e a Rolls-Royce Energia, par


29/04/2004 03:00
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Depois de dez anos sem contratos de grande porte, o estaleiro MacLaren, em Ponta da Areia, Niterói, voltará a funcionar plenamente. A direção do estaleiro assinará contrato hoje, às 10h, na secretaria Estadual de Energia, Petróleo e Indústria Naval, com a ABB MMO e a Rolls-Royce Energia, para a construção dos dois módulos de geração de energia da plataforma P-52, da Petrobras, como informou a coluna de Fred Suter.
O contrato de cerca de US$ 80 milhões entre a ABB e a Rolls-Royce - vencedoras da licitação promovida pela Petrobras - e o estaleiro deverá gerar 500 empregos diretos nos próximos dois anos, prazo previsto para a conclusão dos serviços.
Segundo o secretário estadual de Energia, Petróleo e Indústria Naval, Wagner Victer, cada módulo tem 20 metros por 30 metros de base e 37 metros de altura. Pesam 1,1 mil toneladas e são capazes de gerar 25 MegaWatts de energia.
A intenção do secretário, agora, é negociar com a Rolls-Royce, que também ganhou a licitação para a construção dos módulos da P-51, para que sejam construídos também no MacLaren.
"Estamos articulando para colocar também os geradores da P-51, que foi um contrato vencido pela própria Rolls-Royce, lá no MacLaren. Como as duas plataformas são bem parecidas, o contrato seguiria os mesmos moldes, o que garantiria a geração de 800 a mil empregos", afirmou.
O secretário lembrou que as obras para a construção dos módulos do gerador da P-52 ocuparão apenas 30% da capacidade do estaleiro, portanto seria possível realizar os dois serviços simultaneamente.
Victer disse ainda que o Governo do estado já concedeu a licença ambiental para que o estaleiro MacLaren seja adaptado para atuar também como porto de apoio marítimo.
"As obras para adaptação do estaleiro já começaram, e devem exigir investimentos de US$ 3 milhões a US$ 4 milhões", disse. As intervenções começaram em setembro e devem ser concluídas até o fim do primeiro semestre, segundo a vice-presidente do estaleiro, Gisela MacLaren.
O porto terá oito berços para barcos de apoio marítimo, e planta de fluidos com capacidade para abastecer três navios de apoio a plataformas simultaneamente, com 1,8 mil metros cúbicos de água e 1,6 mil metros cúbicos de óleo diesel.

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