Navegação interior

Mato Grosso do Sul: terminal de Porto Murtinho triplicará cargas em 2017

Redação/Assessoria
07/10/2016 16:54
Mato Grosso do Sul: terminal de Porto Murtinho triplicará cargas em 2017 Imagem: Divulgação Visualizações: 515

Reativado em outubro do ano passado, o terminal portuário de Porto Murtinho projeta triplicar o volume de cargas em 2017 e passa a ter papel estratégico no desenvolvimento de Mato Grosso do Sul, que se tornará mais competitivo por meio de uma logística eficiente e de baixo custo. A viabilização do porto é resultado do empenho do Governo do Estado em consolidar novas alternativas de transporte por meio de importante modal.

O Estado conta com estrutura de transporte privilegiada, ao integrar o sistema rodo-hidro-ferroviário, contudo, a falta de investimentos público-privado e a falta de políticas de apoio à produção, fizeram com que o escoamento fosse direcionado para as rodovias, relegando as ferrovias e a hidrovia a um processo de deterioração ao longo de décadas. A reutilização destes modais é prioridade para o governador Reinaldo Azambuja.

Enquanto cobra do governo federal a retomada dos investimentos na malha ferroviária e na Hidrovia do Paraguai e discute com o Paraguai a interligação do corredor bioceânico, Azambuja concentra também esforços para aumentar a competitividade do Estado com políticas de incentivos. A retomada do porto de Murtinho foi precedida do lançamento de um programa estadual de estímulo às exportações e importações por via fluvial.

Ação de governo

O mesmo benefício fiscal (isenção de ICMS) deverá ser estendido aos portos de Corumbá e Ladário, municípios fronteiriços da Bolívia que detém a maior infraestrutura portuária do Estado, responsável por 90% do escoamento da produção de minério de ferro e manganês das reservas de Urucum para os mercados internacionais. “Queremos os nossos terminais extremamente competitivos em relação aos demais portos brasileiros”, afirmou o governador.

Na avaliação do secretário estadual de Meio Ambiente e Desenvolvimento Econômico, Jaime Verruck, desde que foi reativado, graças à política de desenvolvimento do governo do Estado, o terminal de Porto Murtinho fechou operações de embarque e desembarque significativas que demonstram a viabilidade do entreposto hidroviário.

“Esse é o papel do governo, oferecer condições de competitividade às indústrias instaladas em Mato Grosso do Sul, seja no processo de produção ou nas operações de exportação e importação e promover o desenvolvimento”, disse Verruck.

Mais empregos

A operacionalização do terminal fluvial não devolveu apenas a Porto Murtinho sua vocação histórica como entreposto comercial na Hidrovia do Paraguai. As perspectivas de crescimento da economia local já são perceptíveis no aumento da receita de impostos, mais empregos e interesse crescente do empresariado em instalar novos empreendimentos no entorno do porto, segundo o prefeito da cidade, Heitor Miranda.

“O recolhimento de ICMS e ISS teve incremento significativo e estamos percebendo a retomada da nossa economia, que estava estagnada. Com o porto, Murtinho voltou a ser um importante entroncamento e saiu do isolamento”, afirma o prefeito. Ele acrescentou que o empreendimento hoje gera 50 empregos diretos e pelo menos 100 indiretos, com reflexos também no aquecimento do comércio em geral.

Argentina

Nas últimas semanas intensificou-se a movimentação de caminhões no terminal com cargas de soja e aço, que se destinam, respectivamente, a Argentina e Bolívia. O comboio formando uma fila de um quilômetro mudou a rotina da pacata cidade fronteiriça. Nos próximos dias, 14 barcaças descem o Rio Paraguai até Rosário (Argentina) levando 16.800 toneladas de soja produzida em Maracaju, Dourados e Ponta Porã - parte do contrato com o grupo Vicentin, que prevê o transporte de 200 mil toneladas até 2017.

O terminal foi contratado para integrar uma operação multimodal de transporte de 4.500 toneladas de barras de aço da empresa Arcelor Mittal Brasil S/A até Puerto Quijarro, na Bolívia. A primeira remessa, procedente de Piracicaba (SP), foi exportada em julho, e uma nova carga transportada por 30 caminhões está sendo preparada para subir o rio até a fronteira de Corumbá com Quijarro, distante 530 km, de onde seguirá por ferrovia ao seu destino final.

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