<P>Caxias do Sul (RS) - A safra de grãos voltou a ter um volume expressivo, após dois anos de estiagem no estado. A movimentação geral de cargas pelo Porto de Rio Grande, no extremo sul do Rio Grande do Sul, encerrou o primeiro semestre deste ano com crescimento de 26,4% sobre igual período de ...
Gazeta Mercantil (Guilherme Arruda)Caxias do Sul (RS) - A safra de grãos voltou a ter um volume expressivo, após dois anos de estiagem no estado. A movimentação geral de cargas pelo Porto de Rio Grande, no extremo sul do Rio Grande do Sul, encerrou o primeiro semestre deste ano com crescimento de 26,4% sobre igual período de 2005, totalizando 10,4 milhões de toneladas, ante 8,2 milhões nos primeiros seis meses do ano passado.
A alta foi puxada, basicamente, pela safra de grãos, que retomou o ritmo normal depois de dois anos seguidos de estiagem no estado. Os granéis sólidos apresentaram aumento de 60,8%, de 3,4 milhões de toneladas em 2005 para 5,6 milhões de toneladas no primeiro semestre deste ano. Esse movimento ajudou na alavancagem das exportações totais, que cresceram 38,3%: de 4,8 milhões de toneladas em 2005 para 6,7 milhões no último semestre.
O crescimento de 26,4% em Rio Grande no primeiro semestre também contou com contribuição das importações, que passaram de 3,3 milhões de toneladas em 2005 para 3,6 milhões neste ano, incremento de 9,25%. As importações de cereais tiveram elevação de 44,6%, atingindo 507,3 mil toneladas neste ano, ante 350,7 mil toneladas no primeiro semestre do ano passado.
Outros destaques nas importações foram soja em grão, com crescimento de 1.156,4%, mas sobre uma base pequena, de 15,6 mil em 2006 (este ano as importações somaram 196,1 mil); e o farelo de soja, com incremento de 27,37%, situando-se, neste semestre, em 132,5 mil toneladas.
A movimentação fez crescer também o número de navios que operam em Rio Grande: no primeiro semestre de ano houve aumento de 15,3%, atingindo a marca de 1.652 embarcações, com destaque para a navegação de longo curso, que registrou acréscimo de 16,5%, seguida pela cabotagem, com 15,1%, e pela navegação interior, com 8,2%.
O diretor técnico da superintendência do Porto de Rio Grande, Carlos Renato da Cruz Rodrigues, comenta que as novas regras para o câmbio vão ajudar a ultrapassar com folga os 18 milhões de toneladas registrados em 2005. Nós estávamos trabalhando com um número acima de 22 milhões de toneladas, mas agora podemos bater o recorde histórico em Rio Grande, de 24 milhões de toneladas, obtido em 2003, prevê Rodrigues.
Dentro da movimentação de granéis sólidos, as exportações de cereais tiveram alta expressiva de 129,3%, chegando, neste primeiro semestre, a 3,3 milhões de toneladas, contra 1,4 milhão nos primeiros seis meses de 2005. Já em termos percentuais o maior crescimento foi o envio de soja em grão para o exterior, com incremento de 890,3%: de 170,1 mil toneladas em 2005 para 1,6 milhão de toneladas em 2006.
E olha que a média histórica de soja em grão no primeiro semestre é de 2 milhões de toneladas, informa o diretor técnico do porto gaúcho. A venda de arroz para fora do País também registrou alta significativa de 72,6%, passando de 91,1 mil para 157,3 mil toneladas. O óleo de soja (47,3%) e o farelo de soja (39%) também apresentaram crescimentos no decorrer do semestre.
No segmento de carga geral, a movimentação de veículos destacou-se, com um crescimento de 10,5%, atingindo 7,1 mil unidades, ante 6,4 mil unidades no primeiro semestre de 2005. O modelo Celta, montado na unidade da General Motors de Gravataí, na região metropolitana de Porto Alegre, foi o principal impulsionador do crescimento nesse setor - foram enviados para fora do País cerca de 1,6 mil unidades, enquanto no primeiro semestre de 2005 não houve exportação desse tipo de carro.
As exportações de ônibus aumentaram 6,4%, para 133 unidades neste ano. Já as exportações de tratores tiveram queda de 15,5%, de 2,2 mil unidades em 2005 para 1,8 mil neste semestre, enquanto o embarque de colheitadeiras recuou 46,2%, de 584 para 314 unidades. As importações de veículos tiveram um incremento de 24,7%, com ênfase na movimentação do Corsa Classic, com 653 unidades este ano (nenhuma em 2005) e do Ômega, com 331 unidades.
Fonte: Gazeta Mercantil (Guilherme Arruda)
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