O Porto de Suape, em Pernambuco, movimentou 813,84 mil toneladas em agosto deste ano, volume 8% inferior ao registrado no mesmo mês de 2008, mas 32,4% maior do que julho último. No acumulado de janeiro a agosto, no entanto, a movimentação ainda apresenta recuo de 13% ante
Valor EconômicoO Porto de Suape, em Pernambuco, movimentou 813,84 mil toneladas em agosto deste ano, volume 8% inferior ao registrado no mesmo mês de 2008, mas 32,4% maior do que julho último. No acumulado de janeiro a agosto, no entanto, a movimentação ainda apresenta recuo de 13% ante os oito primeiros meses do ano passado, com 4,833 milhões de toneladas movimentadas. Ainda assim, a recuperação mensal observada em agosto e as boas perspectivas para os quatro últimos meses do ano levam a direção do porto a acreditar que ainda poderá haver crescimento em 2009.
Em razão da crise financeira internacional, a movimentação de cargas em Suape apresentou queda em praticamente todos os meses deste ano, quando comparados aos seus pares em 2008. A única exceção foi abril, quando houve crescimento de 3%.
Mesmo assim, a expectativa do vice-presidente do Porto de Suape, Sidnei Aires, é de que 2009 se recupere e avance algo entre 5% e 10% ante 2008. Para isso, o porto terá de movimentar mensalmente pelo menos 1,053 milhão de toneladas, em média, entre setembro e dezembro. O volume é 74% superior à média mensal apurada entre janeiro e agosto.
Além da sazonalidade inerente aos últimos meses do ano, Aires baseia sua projeção no início das operações de um moinho da Bunge, ocorrido neste mês. A empresa importa algo próximo a 50 mil toneladas de trigo por mês. Além disso, a chegada de equipamentos para as obras que estão ocorrendo no porto, como a refinaria Abreu e Lima e o Estaleiro Atlântico Sul, reforçam o ânimo do executivo.
Ele fez questão de ressaltar que a crise financeira só afetou Suape no quesito movimentação de cargas, não tendo qualquer efeito, portanto, sobre os projetos em andamento no local. Pelo contrário, lembrou, Suape recebeu novos investimentos, como o novo estaleiro controlado por da Galvão Engenharia e Alusa.
Aires informou ainda que, para dar sustentação ao crescimento das operações portuárias, no início do próximo ano devem ser licitados dois novos terminais: um de grãos, com capacidade de cerca de 5 milhões de toneladas, e outro de contêineres, capaz de abrigar 500 mil TEUs. O investimento previsto para a construção dos terminais gira ao redor de R$ 200 milhões.
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