Gás natural

Na crise hídrica, Petrobras importa mais para elevar oferta de gás natural em 36%

Reuters, 15/06/2021
15/06/2021 18:15
Visualizações: 659 (0) (0) (0) (0)

Em momento de alta demanda por termelétricas devido à crise hídrica, a Petrobras (PETR4) está tomando medidas com potencial de elevar em 36% a oferta de gás natural na comparação com a demanda registrada no primeiro trimestre deste ano, com maior importação e maximização de produção de algumas unidades.

InstitucionalAo ser questionada sobre medidas do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), que exigem maior disponibilidade de gás natural para despacho termelétrico, a Petrobras afirmou à Reuters que a oferta poderia subir para 110 milhões de metros cúbicos diários, com a produção local atualmente maximizada a mais de 46 milhões de m³/dia e a importação de gás natural boliviano elevada ao limite de 20 milhões de m³/dia.

Além disso, a importação de Gás Natural Liquefeito (GNL) em alguns meses deste ano alcançou 14 cargas por mês, mais do que o dobro do visto tem tempos recentes, enquanto a empresa também está ampliando a capacidade do terminal de regaseificação na Baía de Guanabara em 50% com autorização da reguladora ANP.

"O esforço ocorre em momento de demanda em ascensão, devido ao incremento do despacho termelétrico determinado pelo ONS no quarto trimestre de 2020 e à aceleração da atividade econômica", disse a Petrobras, ao ser questionada sobre informação de fonte do setor elétrico relativa a medidas para aumentar a oferta de gás.

O diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Luiz Carlos Ciocchi, disse nesta terça-feira em audiência na Câmara para debater a crise hídrica que mudanças nas vazões dos reservatórios de hidrelétricas e o uso de energia termelétrica deverão permitir que o Brasil passe pela crise hidrelétrica de forma "segura", afastando riscos de abastecimento de eletricidade.

Ainda sobre a importação de gás boliviano, a Petrobras disse que busca a celebração de contrato interruptível com a estatal YPFB, "de forma a aumentar a oferta oriunda daquele país".

DivulgaçãoA petroleira afirmou também que posicionou seus dois navios regaseificadores afretados nos Terminais de Regaseificação de GNL, possibilitando uma injeção total de 34 milhões de m³/dia.

Esse volume de injeção de gás natural oriunda dos terminais deve subir para até 44 milhões de m³/dia, com a ampliação do terminal de regaseificação do Rio de Janeiro, de 20 milhões para 30 milhões de m³/dia.

A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) está autorizando a expansão, disse o diretor-geral da autarquia Rodolfo Saboia, na mesma audiência na Câmara.

GNL fundamental

A Petrobras disse que a oferta de GNL é fundamental para o atendimento das termelétricas, cuja demanda está em torno de 37 milhões de m³/dia.

Dessa forma, o total já adquirido pela Petrobras em 2021 para entrega até setembro é de 67 cargas de GNL, ante 43 e 33 nos anos de 2019 e 2020, respectivamente, segundo informação obtida na empresa, após consulta.

A maior importação de GNL também ocorre diante da parada programada de 30 dias da plataforma do campo de Mexilhão e do gasoduto Rota 1, a partir de 15 de agosto, para manutenção.

O gasoduto Rota 1 escoa o gás natural produzido em Mexilhão que respondeu por quase 10% da produção do país em abril, e em outras plataformas do pré-sal e pós-sal da Bacia de Santos para consumo termelétrico.

A esse respeito, a Petrobras disse que está atuando para conciliar a manutenção da plataforma de Mexilhão e do gasoduto Rota 1 às paradas programadas de usinas termelétricas próprias e de terceiros, reduzindo, assim, a demanda por gás natural dessas térmicas no período, "em cronograma articulado antecipadamente com o ONS, buscando o mínimo impacto possível ao setor".

Mais Lidas De Hoje
veja Também
E&P
ABPIP leva agenda estratégica ao Congresso para fortalec...
14/08/25
Drilling
Constellation lança chamada para apoiar projetos inovado...
13/08/25
Fenasucro
Durante abertura de uma das maiores feiras de bioenergia...
13/08/25
Transição Energética
Sergipe elabora Plano de Transição Energética e se posic...
13/08/25
Fenasucro
UDOP, associadas e SENAI-SP firmam parceria para formaçã...
13/08/25
IBP
Decisão da Agenersa sobre migração de consumidores para ...
13/08/25
Oportunidade
Com cerca de 300 mil empregos, setor eletroeletrônico mi...
13/08/25
Fenasucro
Abertura da 31ª Fenasucro & Agrocana: setor quer o Brasi...
13/08/25
Fenasucro
Na Fenasucro, ORPLANA fala da importância de consenso en...
13/08/25
Fenasucro
Brasil terá que produzir 1,1 bilhão de litros de combust...
12/08/25
Fenasucro
Treesales estreia na Fenasucro & Agrocana e integra deba...
12/08/25
Curitiba
Setor energético será discutido durante a Smart Energy 2...
12/08/25
PD&I
Vórtices oceânicos em interação com correntes podem gera...
12/08/25
Combustíveis
ETANOL/CEPEA: Negócios caem, mas Indicadores continuam f...
12/08/25
ANP
Desafio iUP Innovation Connections + PRH-ANP (Descarboni...
12/08/25
Resultado
Vibra avança em market share e projeta crescimento
12/08/25
Transição Energética
Repsol Sinopec Brasil reforça compromisso com inovação e...
11/08/25
Fenasucro
Fenasucro & Agrocana começa nesta terça-feira, dia 12, c...
11/08/25
Fenasucro
Consolidada na área de Biogás, Mayekawa é presença confi...
11/08/25
Sergipe Oil & Gas 2025
“Descarbonização da matriz energética é o futuro”, diz g...
11/08/25
Pessoas
Novo presidente da PortosRio realiza visita ao Porto de ...
11/08/25
VEJA MAIS
Newsletter TN

Fale Conosco

Utilizamos cookies para garantir que você tenha a melhor experiência em nosso site. Se você continuar a usar este site, assumiremos que você concorda com a nossa política de privacidade, termos de uso e cookies.

22