Em entrevista ao presidente da Abrace Energia, o especialista aborda temas polêmicos como os subsídios para energias renováveis, a independência das agências reguladoras, Itaipu e Angra 3
Redação TN Petróleo/AssessoriaPara Nelson Huber, o governo brasileiro tem que reassumir seu papel de gestor e formulador de políticas públicas do país e o setor elétrico é essencial. “Não dá para deixar toda a política pública de energia ser formulada a partir a de pequenos lobbies que olham para o problema unicamente de um foco e acabam gerando custo para toda uma cadeia da sociedade, até inviabilizando por exemplo algumas fontes energéticas que são fundamentas na transição energética. Ou o governo assume o seu papel ou pode acontecer de, ao invés de usar a grande vantagem que o país tem dentro de um cenário de transição energética, nós vamos criar uma série de fontes de energia boas e baratas e o consumidor de energia vai ficar pagando caro demais, inibindo o crescimento do país”, disse o especialista do setor, que será o entrevistado do presidente da Abrace Energia, Paulo Pedrosa, no programa Vozes da Energia desta quinta-feira, dia 30 de novembro. A entrevista será transmitida às 10h, pelo Youtube e pelo LinkedIn da Associação.
Nelson Hubner, que é engenheiro eletricista, foi ministro interino de Minas e Energia e diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), também critica a continuidade da cobrança de subsídios para fontes de energia renováveis, como eólica e solar, que tiveram uma grande expansão no país. Para ele, esse incentivo não é mais necessário, pois temos uma realidade completamente diferente, com essas fontes abundantes, contando com financiamentos e contratadas diretamente no mercado livre.
Na conversa, Hubner também critica a aprovação PDL 365/2022, que susta decisão da ANEEL sobre a cobrança do sinal locacional nas tarifas de transmissão elétrica, que ele interpreta como um péssimo sinal aos investidores. “Se o Congresso acha que não deve ser desta forma, que se mude a lei. Mas, que se discuta com a sociedade em cima de parâmetros objetivos, de estudos técnicos que fundamentem uma outra opção. É assustador o Congresso Nacional aprovar algo que vai impactar no aumento do custo da energia para os consumidores, industriais e residenciais, e no Nordeste brasileiro, que é hoje é onde está sendo gerada a energia mais barata do país. Por isso, o sinal locacional lá deve reduzir o preço dessa energia e favoreceria a implantação de uma série de indústrias”, afirmou.
Na entrevista, também são abordados temas polêmicos como Itaipu e Angra 3, e os possíveis impactos para os consumidores.
Serviço
Vozes da Energia, com Nelson Hubner
Data: Dia 30/11/23 (quinta-feira)
Hora: 10h
Transmissão
Fale Conosco
22