Companhia espera conectar dois novos poços produtores entre 2015 e 2016.
Valor OnlineA petroleira OGPar (ex-OGX) pretende conectar, a partir do próximo ano, três novos poços ao FPSO (plataforma flutuante) OSX-3, que opera no campo Tubarão Martelo, na Bacia de Campos.
As novas perfurações fazem parte da fase 2 de desenvolvimento da produção da área.
Tubarão Martelo produz, atualmente, cerca de 14,5 mil barris diários de petróleo, a partir de quatro poços produtores.
A expectativa da empresa é começar, em 2015, a reinjetar água para aumentar a produção do campo.
Além de um poço injetor, a companhia espera conectar dois novos poços produtores entre 2015 e 2016.
Os poços já estão parcialmente completados (com equipamentos submarinos já instalados).
A segunda fase do campo deve produzir, no pico, 22 mil barris diários.
O sétimo poço deverá ser perfurado em uma das extremidades do bloco, na fronteira com o campo de Polvo, operado pela HRT, que acredita na conexão entre as duas áreas de produção e discute na Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) a unitização (união dos dois campos num projeto único de produção) das áreas. A OGPar discorda da avaliação da HRT e espera comprovação da conexão de Tubarão Martelo com Polvo.
Tubarão Martelo é, atualmente, o principal ativo de produção da OGPar, que se encontra em processo de recuperação judicial. Já Tubarão Azul, também localizado na Bacia de Campos, está produzindo cerca de 3 mil barris diários.
Os dois campos exportaram, juntos, cinco cargas de petróleo para o exterior neste ano. De acordo com a OGPar, as cargas foram enviadas para Chile, EUA, China e duas vezes para a Europa. O quinto embarque, de 450 mil barris, está sendo realizado neste momento e tem como destino uma refinaria da companhia russa Lukoil, na Itália.
Tubarão Azul
O fim da produção da OGPar em Tubarão Azul, na Bacia de Campos, ainda está em aberto.
Prevista para se esgotar inicialmente em setembro, a produção no campo tem se estabilizado em cerca de 3 mil barris diários nos últimos meses e pode prosseguir pelo menos até dezembro, segundo as projeções da empresa.
A OGPar, no entanto, ainda não tem previsão de quando as reservas vão se esgotar definitivamente.
Se a produção for mantida no atual patamar, o campo poderá render à companhia uma receita de aproximadamente US$ 26 milhões até o fim do ano.
A OGpar tem conseguido, em média, negociar as cargas de petróleo produzido no campo por US$ 96 o barril.
A produção no campo só é rentável graças a um acordo entre a OGPar e OSX para revisão da taxa de afretamento do FPSO (plataforma flutuante) OSX-1, para uma diária de US$ 35 mil.
Para efeitos de comparação, a taxa diária de aluguel da OSX-3, que opera no campo Tubarão Martelo, é de US$ 250 mil.
De acordo com dados da própria OGPar, os custos diários de operação e manutenção do campo, no segundo trimestre, giravam em torno de US$ 85 mil.
Se a taxa de afretamento do FPSO OSX-1 fosse equivalente ao da unidade OSX-3, só os custos de leasing e operação e manutenção (sem contar outras despesas, como operação logística) totalizariam, entre outubro e dezembro, cerca de US$ 30 milhões, para um faturamento de US$ 26 milhões com a venda de óleo.
Nesta semana, a Justiça do Rio determinou o arresto das plataformas OSX-1, que opera em Tubarão Azul, e OSX-3, em produção no campo Tubarão Martelo.
As embarcações pertencem à OSX Leasing, subsidiária holandesa da OSX, empresa de construção naval de Eike Batista em recuperação judicial desde novembro do ano passado.
A decisão atende ao pedido de uma credora da OSX, a empreiteira espanhola Acciona. Ao justificar sua decisão, o juiz da 39ª Vara Cível do Rio, Luiz Antonio Valiera do Nascimento, informou que há “evidente risco de dissipação patrimonial” no caso. A OSX Leasing tem dívida em torno de R$ 300 milhões com a Acciona.
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