Bacia de Campos

OGPar prevê nova fase de produção em Tubarão Martelo a partir de 2015

Companhia espera conectar dois novos poços produtores entre 2015 e 2016.

Valor Online
03/10/2014 20:17
Visualizações: 571 (0) (0) (0) (0)

A petroleira OGPar (ex-OGX) pretende conectar, a partir do próximo ano, três novos poços ao FPSO (plataforma flutuante) OSX-3, que opera no campo Tubarão Martelo, na Bacia de Campos.

As novas perfurações fazem parte da fase 2 de desenvolvimento da produção da área.

Tubarão Martelo produz, atualmente, cerca de 14,5 mil barris diários de petróleo, a partir de quatro poços produtores.

A expectativa da empresa é começar, em 2015, a reinjetar água para aumentar a produção do campo.

Além de um poço injetor, a companhia espera conectar dois novos poços produtores entre 2015 e 2016.

Os poços já estão parcialmente completados (com equipamentos submarinos já instalados).

A segunda fase do campo deve produzir, no pico, 22 mil barris diários. 

O sétimo poço deverá ser perfurado em uma das extremidades do bloco, na fronteira com o campo de Polvo, operado pela HRT, que acredita na conexão entre as duas áreas de produção e discute na Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) a unitização (união dos dois campos num projeto único de produção) das áreas. A OGPar discorda da avaliação da HRT e espera comprovação da conexão de Tubarão Martelo com Polvo.

Tubarão Martelo é, atualmente, o principal ativo de produção da OGPar, que se encontra em processo de recuperação judicial. Já Tubarão Azul, também localizado na Bacia de Campos, está produzindo cerca de 3 mil barris diários.

Os dois campos exportaram, juntos, cinco cargas de petróleo para o exterior neste ano. De acordo com a OGPar, as cargas foram enviadas para Chile, EUA, China e duas vezes para a Europa. O quinto embarque, de 450 mil barris, está sendo realizado neste momento e tem como destino uma refinaria da companhia russa Lukoil, na Itália.

 

Tubarão Azul  

O fim da produção da OGPar em Tubarão Azul, na Bacia de Campos, ainda está em aberto.

Prevista para se esgotar inicialmente em setembro, a produção no campo tem se estabilizado em cerca de 3 mil barris diários nos últimos meses e pode prosseguir pelo menos até dezembro, segundo as projeções da empresa.

A OGPar, no entanto, ainda não tem previsão de quando as reservas vão se esgotar definitivamente.

Se a produção for mantida no atual patamar, o campo poderá render à companhia uma receita de aproximadamente US$ 26 milhões até o fim do ano.

A OGpar tem conseguido, em média, negociar as cargas de petróleo produzido no campo por US$ 96 o barril.

A produção no campo só é rentável graças a um acordo entre a OGPar e OSX para revisão da taxa de afretamento do FPSO (plataforma flutuante) OSX-1, para uma diária de US$ 35 mil.

Para efeitos de comparação, a taxa diária de aluguel da OSX-3, que opera no campo Tubarão Martelo, é de US$ 250 mil.

De acordo com dados da própria OGPar, os custos diários de operação e manutenção do campo, no segundo trimestre, giravam em torno de US$ 85 mil.

Se a taxa de afretamento do FPSO OSX-1 fosse equivalente ao da unidade OSX-3, só os custos de leasing e operação e manutenção (sem contar outras despesas, como operação logística) totalizariam, entre outubro e dezembro, cerca de US$ 30 milhões, para um faturamento de US$ 26 milhões com a venda de óleo.

Nesta semana, a Justiça do Rio determinou o arresto das plataformas OSX-1, que opera em Tubarão Azul, e OSX-3, em produção no campo Tubarão Martelo.

As embarcações pertencem à OSX Leasing, subsidiária holandesa da OSX, empresa de construção naval de Eike Batista em recuperação judicial desde novembro do ano passado.

A decisão atende ao pedido de uma credora da OSX, a empreiteira espanhola Acciona. Ao justificar sua decisão, o juiz da 39ª Vara Cível do Rio, Luiz Antonio Valiera do Nascimento, informou que há “evidente risco de dissipação patrimonial” no caso. A OSX Leasing tem dívida em torno de R$ 300 milhões com a Acciona. 

Mais Lidas De Hoje
veja Também
Refino
Com 3,8 bilhões de litros, produção de diesel S-10 bate ...
27/01/25
Etanol
Hidratado e anidro fecham a semana valorizados
27/01/25
Geologia
Investimentos de R$ 271 milhões impulsionam pesquisa e i...
27/01/25
Energia Elétrica
Com 102.924 MW, demanda instantânea de energia no SIN at...
27/01/25
PD&I
Dia da Energia Limpa: Embrapii apoia 155 projetos de ino...
24/01/25
Energia Solar
Governo de SP isenta licenciamento para implementação de...
24/01/25
Royalties
Mais de R$ 1,250 bilhão, referentes à produção de novemb...
24/01/25
Pessoas
Nova interina assume, em 25/1, a Diretoria 4 da ANP
24/01/25
Oportunidade
PPSA abre concurso para 100 novas vagas
24/01/25
Desinvestimento
Petrobras coloca à venda sua participação minoritária de...
24/01/25
Internacional
Cluster de baixo carbono do Porto do Açu adere à iniciat...
23/01/25
Biocombustíveis
SDE lidera discussão sobre Programa do Selo Biocombustív...
23/01/25
Investimento
Acordo entre SGB e Petrobras irá revitalizar o Museu de ...
23/01/25
Nordeste
Parques eólicos financiados pela Sudene aumentam PIB per...
23/01/25
Recursos Humanos
ANP fará webinar para tirar dúvidas sobre novo edital do...
23/01/25
Vitória PetroShow 2025
Vitória PetroShow 2025: Oportunidades e Inovação no Seto...
22/01/25
Licenciamento
API Lança Programa de Licenciamento para Reparo e Remanu...
22/01/25
Evento
Petrobras participa do Programa Rede de Oportunidades da...
22/01/25
Pré-Sal
Produção do FPSO Cidade de Angra dos Reis no campo de Tu...
22/01/25
Gasmig
Gás natural e sustentabilidade: o futuro da energia limpa
22/01/25
Petrobras
Com quase 2,5 milhões de litros de gasolina e 455 milhõe...
22/01/25
VEJA MAIS
Newsletter TN

Fale Conosco

Utilizamos cookies para garantir que você tenha a melhor experiência em nosso site. Se você continuar a usar este site, assumiremos que você concorda com a nossa política de privacidade, termos de uso e cookies.