Relatório

Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas cobra medidas imediatas de mitigação

Documento foi divulgado hoje.

Agência Brasil
07/11/2013 14:17
Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas cobra medidas imediatas de mitigação Imagem: Stock XCHNG Visualizações: 1120 (0) (0) (0) (0)

 

Relatório do Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas (PBMC), divulgado nesta quinta-feira (7), ressalta a necessidade de adoção de ações imediatas para reduzir as emissões de gases de efeito estufa. “O benefício da ação imediata para mitigar a mudança do clima supera o custo da inação”, destaca trecho do primeiro relatório de avaliação nacional sobre mudanças climáticas do organismo científico, criado pelo governo federal em 2009 por meio dos ministérios de Meio Ambiente e da Ciência, Tecnologia e Inovação.
O documento traz propostas de redução da emissão de gases poluentes nos setores de energia, indústria, transporte, edificações, agropecuária e uso da terra.
“Nesse relatório, mostramos as opções para os tomadores de decisão para reduzir as emissões, de forma que a gente não gaste tanto em adaptação [maneiras de amenizar o impacto]. Existe realmente a possibilidade de redução das emissões, mas depende de decisões muito mais políticas do que econômicas”, disse a presidente do comitê científico do PBMC, Suzana Kahn Ribeiro.
O estudo mostra que o Brasil, em 2010, reduziu as emissões para 1,25 bilhão de toneladas de dióxido de carbono (CO), em comparação com as emissões de 2,03 bilhões de toneladas em 2005 por causa do êxito no combate ao desmatamento. Entretanto, o documento informa que “após 2020, serão necessárias medidas adicionais de mitigação, devido à tendência de aumento das emissões provenientes da queima de combustíveis fósseis no país”.
“Houve diminuição da emissão de gases de efeito estufa por causa da redução do desmatamento. Isso tem um limite. Estamos atingindo a nossa meta, mas, nas próximas décadas, a redução terá que ocorrer nos setores de energia, transporte e agricultura”, acrescentou Suzana.
Segundo o PBMC, as liberações de dióxido de carbono no Brasil passaram, a partir de 2010, a serem determinadas pelos setores de energia, por causa da queima de combustíveis fósseis, e da agropecuária. As soluções passam pelo uso de energias alternativas, eficiência energética e um padrão de consumo e produção menos intensivo em carbono, que é causador do efeito estufa. Os pesquisadores também destacam que os setores de transporte e indústria são fontes importantes de emissões.
O relatório estima que as emissões do setor elétrico vão aumentar 130% na década entre 2011 e 2021, e aponta que medidas de eficiência energética e o incentivo às pequenas centrais hidrelétricas, às térmicas a bagaço de cana-de-açúcar, e às energias solar e eólica deve ser adotado para mudar o cenário.
As emissões de gases poluentes da agropecuária representam 35% do total do Brasil, “mantendo-se uma tendência crescente”, segundo o estudo. Grande parte das emissões no setor está associada ao produzido pelo rebanho bovino e o manejo das culturas de soja, milho, cana-de-açúcar e arroz que, juntas, ocupam mais de 70% da área cultivada.
“De 1990 a 2005, houve um aumento de 37% das emissões no setor, considerando-se basicamente o óxido nitroso e o metano, fruto não somente do crescimento dos rebanhos e da área plantada, mas também da maior utilização de tecnologias”, diz o texto. Os pesquisadores destacam que a recuperação de pastagens e a expansão de plantios comerciais de florestas são oportunidades de mitigação.
No setor de transportes, de acordo com estimativas para 2020, o transporte rodoviário poderá emitir 60% a mais do que em 2009, alcançando 270 milhões de toneladas de CO2. A redução do uso de transportes motorizados e o emprego de fontes de energia mais limpas, como os biocombustíveis, são algumas das propostas do PBMC.

Relatório do Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas (PBMC), divulgado nesta quinta-feira (7), ressalta a necessidade de adoção de ações imediatas para reduzir as emissões de gases de efeito estufa. “O benefício da ação imediata para mitigar a mudança do clima supera o custo da inação”, destaca trecho do primeiro relatório de avaliação nacional sobre mudanças climáticas do organismo científico, criado pelo governo federal em 2009 por meio dos ministérios de Meio Ambiente e da Ciência, Tecnologia e Inovação.

O documento traz propostas de redução da emissão de gases poluentes nos setores de energia, indústria, transporte, edificações, agropecuária e uso da terra.

“Nesse relatório, mostramos as opções para os tomadores de decisão para reduzir as emissões, de forma que a gente não gaste tanto em adaptação [maneiras de amenizar o impacto]. Existe realmente a possibilidade de redução das emissões, mas depende de decisões muito mais políticas do que econômicas”, disse a presidente do comitê científico do PBMC, Suzana Kahn Ribeiro.

O estudo mostra que o Brasil, em 2010, reduziu as emissões para 1,25 bilhão de toneladas de dióxido de carbono (CO), em comparação com as emissões de 2,03 bilhões de toneladas em 2005 por causa do êxito no combate ao desmatamento. Entretanto, o documento informa que “após 2020, serão necessárias medidas adicionais de mitigação, devido à tendência de aumento das emissões provenientes da queima de combustíveis fósseis no país”.

“Houve diminuição da emissão de gases de efeito estufa por causa da redução do desmatamento. Isso tem um limite. Estamos atingindo a nossa meta, mas, nas próximas décadas, a redução terá que ocorrer nos setores de energia, transporte e agricultura”, acrescentou Suzana.

Segundo o PBMC, as liberações de dióxido de carbono no Brasil passaram, a partir de 2010, a serem determinadas pelos setores de energia, por causa da queima de combustíveis fósseis, e da agropecuária. As soluções passam pelo uso de energias alternativas, eficiência energética e um padrão de consumo e produção menos intensivo em carbono, que é causador do efeito estufa. Os pesquisadores também destacam que os setores de transporte e indústria são fontes importantes de emissões.

O relatório estima que as emissões do setor elétrico vão aumentar 130% na década entre 2011 e 2021, e aponta que medidas de eficiência energética e o incentivo às pequenas centrais hidrelétricas, às térmicas a bagaço de cana-de-açúcar, e às energias solar e eólica deve ser adotado para mudar o cenário.

As emissões de gases poluentes da agropecuária representam 35% do total do Brasil, “mantendo-se uma tendência crescente”, segundo o estudo. Grande parte das emissões no setor está associada ao produzido pelo rebanho bovino e o manejo das culturas de soja, milho, cana-de-açúcar e arroz que, juntas, ocupam mais de 70% da área cultivada.

“De 1990 a 2005, houve um aumento de 37% das emissões no setor, considerando-se basicamente o óxido nitroso e o metano, fruto não somente do crescimento dos rebanhos e da área plantada, mas também da maior utilização de tecnologias”, diz o texto. Os pesquisadores destacam que a recuperação de pastagens e a expansão de plantios comerciais de florestas são oportunidades de mitigação.

No setor de transportes, de acordo com estimativas para 2020, o transporte rodoviário poderá emitir 60% a mais do que em 2009, alcançando 270 milhões de toneladas de CO2. A redução do uso de transportes motorizados e o emprego de fontes de energia mais limpas, como os biocombustíveis, são algumas das propostas do PBMC.

 

Mais Lidas De Hoje
veja Também
Bahia Oil & Gas Energy 2025
Bahiagás destaca integração das energias no Bahia Oil & ...
03/06/25
Bahia Oil & Gas Energy 2025
TecnoFink apresenta soluções em manutenção industrial e ...
03/06/25
Transição Energética
Enel Brasil destaca investimentos e estratégia de resili...
03/06/25
ANP
Novo PMQC: prazo para agentes de GO e DF contratarem lab...
03/06/25
Oportunidade
ENGIE, TAG e Jirau Energia lançam Programa de Estágio
02/06/25
Drilling
BRAVA Energia usa técnica inédita no Brasil e conclui pr...
02/06/25
Energia Elétrica
Chuvas abaixo da média antecipam período seco e afetam o...
02/06/25
Petrobras
Gasolina para distribuidoras cai 5,6%
02/06/25
Energia Elétrica
Bandeira vermelha deixa conta de luz mais cara a partir ...
02/06/25
Energia Solar
Thopen investe R$ 750 milhões em 52 usinas solares no No...
02/06/25
Inclusão Social
Cladtek lança Programa de Inclusão de Pessoas com Defici...
02/06/25
Oportunidade
Shell Iniciativa Jovem prorroga inscrições do último cic...
02/06/25
ANP
ANP aprova sua Agenda Regulatória para o período 2025-2026
02/06/25
Startups
NAVE ANP: 21 startups aprovadas para contratação
02/06/25
Combustíveis
Etanol hidratado fecha em baixa e acumula 3ª queda seman...
02/06/25
Refino
Petrobras inicia operação da nova Unidade de Hidrotratam...
02/06/25
Bahia Oil & Gas Energy 2025
Copastur Energy marca presença no Bahia Oil & Gas Energy...
01/06/25
Bahia Oil & Gas Energy 2025
Burckhardt Compression: Tradição, Inovação e um Novo Mar...
01/06/25
Perfil Empresa
Geogin: Tecnologia e Especialização a Serviço da Gestão ...
30/05/25
Investimentos
Transpetro lança licitação para entrada no segmento de o...
30/05/25
Bahia Oil & Gas Energy 2025
Bahia Oil & Gas Energy supera os 13 mil inscritos e já é...
30/05/25
VEJA MAIS
Newsletter TN

Fale Conosco

Utilizamos cookies para garantir que você tenha a melhor experiência em nosso site. Se você continuar a usar este site, assumiremos que você concorda com a nossa política de privacidade, termos de uso e cookies.

22