GNL

Petrobras antecipa gás liqüefeito

Jornal do Commercio
26/01/2007 02:00
Visualizações: 1141

Início de operação das plantas de regaseificação será no primeiro semestre de 2008

O início de operação das plantas de regaseificação de gás natural liqüefeito (GNL) da Petrobras foi antecipado para o primeiro semestre de 2008. Os dois empreendimentos, anteriormente previstos para o primeiro trimestre de 2009, receberão investimentos de US$ 180 milhões e ajudarão a criar oferta flexível da commodity às termelétricas brasileiras. Uma unidade será instalada na Baía de Guanabara (Rio de Janeiro) e outra no Porto de Pecém (Ceará).

Testes realizados pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) no final de 2006 indicaram falta de gás natural para despacho das usinas termelétricas a plena carga As 13 usinas que passaram pela checagem deixaram de gerar 2,7 mil megawatts (MW) médios nos 12 dias de avaliação, realizada entre 11 e 22 de dezembro, segundo informou em dezembro a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). A Petrobras, contudo, nega que a antecipação esteja relacionada aos testes.

"Não existe relação com a discussão de ter ou não gás para as térmicas", disse Antônio Eduardo Monteiro de Castro, gerente-executivo de Gás e Energia Corporativo da Petrobras, nesta quinta-feira, em almoço na Câmara de Comércio Americana (Amcham) do Rio.

"Examinamos as possibilidades e custos e achamos que poderia ser antecipado. O projeto visa a atender compromissos internos da Petrobras para 2008, 2009 e 2010, quando se iniciam seus contratos de fornecimento de energia", afirmou o executivo.

Monteiro de Castro acrescentou que a planta do Rio de Janeiro entrará em operação em maio do próximo ano, enquanto a unidade a ser instalada no Ceará começará a operar em março do mesmo ano. O cumprimento dos prazos depende, contudo, que as agências ambientais entreguem as licenças dentro do tempo previsto pela legislação.

Armadores - A estatal já negocia com armadores a adaptação de navios para plantas flutuantes de regaseificação, etapa que precisará ser concluída dentro de dois meses para atender ao novo prazo de operação. Segundo Monteiro de Castro, a estatal pretende concluir em até dois meses as negociações, já que os navios levam de 12 a 18 meses para serem adaptados no estaleiro.

"Caso ocorra algum atraso, contudo, o projeto não será adiado. Os píeres que serão construídos no Rio de Janeiro e no Ceará, nos quais os navios regaseificadores serão conectados, estarão prontos e poderão receber outros navios contratados a curto prazo", afirmou o gerente, lembrando que o projeto de engenharia do empreendimento entrou em fase final de detalhamento.

O executivo detalhou, pela primeira vez, os modelos de plantas flutuantes a serem afretadas. A unidade a ser instalada na Baía de Guanabara será do tipo RSV, capaz de realizar transporte transoceânico e regaseificar o GNL dentro de suas próprias facilidades.

O navio regaseificador poderá, portanto, buscar o GNL no mercado de origem e transportá-lo ao Rio, onde seria regaseificado e injetado na malha de dutos. Ele terá capacidade para 14 milhões de metros cúbicos por dia.

Na unidade do Porto de Pecém, no Ceará, o navio regaseficador será do tipo FRSU, que tem menor facilidade de realizar transporte de longa distância. Ele terá capacidade para produzir 7 milhões de metros cúbicos, volume que poderá ser ampliado para 8 milhões dependendo da engenharia de construção a ser negociada com o armador.

A unidade não terá perfil transportador porque se espera utilização mais freqüente dela para atender à demanda das termelétricas do Nordeste. A Petrobras atuará no mercado spot internacional de GNL, que tem crescido e já responde por 10% das transações internacionais da commodity.

O executivo disse que o investimento no projeto de regaseificação será inferior ao que foi anunciado no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do Governo federal. Segundo ele, o PAC inclui, além dos investimentos em infra-estrutura, o afretamento das plantas flutuantes e os custos operacionais trazidos a valores presentes.

Mais Lidas De Hoje
veja Também
OTC Brasil 2025
Infotec Brasil chega à OTC Brasil 2025 com foco em gente...
27/10/25
OTC Brasil 2025
Evento reúne lideranças globais da indústria offshore e ...
27/10/25
Brandend Content
OTC Brasil 2025: o ponto de encontro global da indústria...
27/10/25
Brandend Content
Intercabos® celebra 25 anos de excelência e inovação no ...
27/10/25
Etanol
Anidro sobe 1,07%, e hidratado avança 0,59%
27/10/25
OTC Brasil 2025
WPower Meeting celebra mais uma edição repleta de charme...
27/10/25
OTC Brasil 2025
Evento exclusivo reúne grandes empresas, startups e líde...
24/10/25
OTC Brasil 2025
PRIO compartilha estratégias de negócio para campos madu...
24/10/25
OTC Brasil 2025
BRAVA Energia marca presença na OTC Brasil 2025, com des...
24/10/25
OTC Brasil 2025
OTC Brasil 2025 abre com foco em transição energética, i...
24/10/25
Pessoas
Luiz Carvalho é o novo CFO da Brava Energia
24/10/25
Oferta Permanente
Petrobras informa sobre resultado de leilão da ANP
24/10/25
Firjan
No horizonte 2035+, potencial energético do estado do Ri...
23/10/25
Pré-Sal
PPSA irá leiloar, em dezembro, primeira produção de petr...
23/10/25
OTC Brasil 2025
SLB Brasil marca presença na OTC 2025 com foco em inovaç...
23/10/25
Recursos Humanos
ANP publica novas informações sobre seu Programa de Form...
23/10/25
Leilão
Petrobras vence leilão e arrenda terminal RDJ07 no Porto...
23/10/25
Financiamento
Banco do Nordeste investirá R$ 360 milhões para reforçar...
23/10/25
Oferta Permanente
Equinor arremata dois novos blocos na Bacia de Campos du...
23/10/25
Oferta Permanente
Firjan comemora resultado do Leilão de Partilha da ANP, ...
23/10/25
OTC Brasil 2025
Evento reúne lideranças globais da indústria offshore e ...
22/10/25
VEJA MAIS
Newsletter TN

Fale Conosco

Utilizamos cookies para garantir que você tenha a melhor experiência em nosso site. Se você continuar a usar este site, assumiremos que você concorda com a nossa política de privacidade, termos de uso e cookies.

23