Durante entrevista coletiva concedida nesta segunda-feira (3), no município de Rio Grande, o gerente de Construção, Montagem e Integração da P-53, Edmilson Medeiros, apresentou à imprensa o projeto de construção da plataforma e o planejamento da Petrobras para a operação de chegada à cidade. A entrada da embarcação na barra, em ponto a 35 milhas da costa,  será nesta terça-feira (4/09), entre 14h e 16h. A partir daí, serão executados os procedimentos de vistoria no sistema de reboque, inspeção submarina no casco, substituição do lastro, transferência dos rebocadores oceânicos para cinco rebocadores portuários e, por fim, teste de governabilidade do casco.
 
Após esses procedimentos, a embarcação estará apta a cruzar o canal de acesso ao Porto de Rio Grande, o que deve ocorrer entre os dias 9 e 11/09, dependendo das condições ideais de vento e de maré. Segundo Medeiros, no momento da passagem sob a linha de transmissão elétrica será interrompido o fornecimento de energia elétrica para o município de São José do Norte, sendo restabelecido cerca de 30 minutos depois para garantir a segurança da operação. Terminada a passagem, a P-53 será rebocada até atracar no cais, numa operação que deve terminar por volta das 17h, explicou Medeiros.
 
O casco da P-53, oriundo do navio petroleiro Settebello, saiu de Cingapura em direção ao Brasil no dia 2 de julho, conduzido por três rebocadores. Antes de começar a ser rebocada, a embarcação desatracou do estaleiro Keppel para a realização dos testes de mar e a preparação para o transporte. Após a chegada em Rio Grande, os módulos construídos em Niterói (RJ), Rio Grande e Cingapura serão içados e integrados à plataforma.
 
A capacidade de produção da P-53 será de 180 mil barris/dia de óleo, seis milhões de metros cúbicos de gás, geração de 92 megaWatt de potência e ficará instalada no campo de Marlim Leste, Bacia de Campos, no Rio de Janeiro, em lâmina d'água de 1.080 metros de profundidade.
 
O casco estava no estaleiro desde março de 2005, onde foi convertido e recebeu o maior turret (torre receptora das linhas flexíveis de produção, injeção e controle, e das linhas de ancoragem) do mundo, além de sistemas na praça de máquinas e casa de bombas, pintura completa, reforços estruturais para instalação dos módulos de produção e facilidades, módulos de alojamento e escritório, três estações de baleeiras (pequenas embarcações usadas no serviço de salvamento em caso de acidente), heliponto (ponto para pouso de helicóptero na plataforma), torre de telecomunicações e flare (queimador de gás).