Reuters, 25/10/2019
Acordo recente firmado entre Petrobras e Equinor terá como um dos focos projetos de infraestrutura para o escoamento do gás da importante descoberta de Pão de Açúcar, na Bacia de Campos, afirmou nesta sexta-feira a diretora-executiva de Refino e Gás Natural, Anelise Lara (foto).
O memorando de entendimentos (MOU) foi anunciado neste mês para o desenvolvimento de negócios no setor de gás, incluindo projetos de geração termelétrica e estudos de viabilidade sobre ativos de processamento do produto e escoamento de líquidos em unidades no Rio de Janeiro.
“Pão de Açúcar é uma área em que a gente é parceiro da Equinor, área bastante relevante para a produção de gás, e o MOU assinado foca nessa questão”, afirmou Lara, ao participar de teleconferência com analistas e investidores sobre os resultados da companhia no terceiro trimestre de 2019.
A norueguesa Equinor é operadora do BM-C-33, onde está Pão de Açúcar, em parceria com a espanhola Repsol (35%) e a Petrobras (30%).
Em entrevista à Reuters nesta semana, a presidente da Equinor no Brasil, Margareth Øvrum, disse que a empresa estudava infraestrutura para a importante descoberta.
Lara ressaltou ainda que “certamente as três rotas” de escoamento de gás natural que o Brasil tem —uma delas ainda em construção— “não serão suficientes” para atender novos ativos que entrarão em operação e que a empresa vê a ampliação dessa capacidade em parceria com outras empresas.
Além das atuais parceiras da Petrobras em projetos já em produção, como Shell, Repsol, Galp, a empresa tem novos projetos em desenvolvimento com outras grandes petroleiras internacionais, como BP, Equinor, Exxon e Total, ressaltou Lara.
“O desenvolvimento de nova infraestrutura vai passar por um compartilhamento de investimentos também”, frisou, apontando que há regiões “muito prolíficas para o gás” no pré-sal, tanto no sul da Bacia de Santos, quando no Sul da Bacia de Campos.
O governo federal lançou neste ano um programa chamado Novo Mercado de Gás, que visa aumentar o aproveitamento desse insumo, que atualmente é amplamente reinjetado nos poços para impulsionar a produção de petróleo. Com o plano, o governo quer reduzir os preços e fomentar a economia brasileira.
Fale Conosco