A Petrobras admitiu que pode ser obrigada a pagar 30% da multa destinada à petroleira americana Chevron por danos em relação ao vazamento de óleo ocorrido em novembro no campo de Frade, na Bacia de Campos (RJ). A estatal também classificou como “não razoável” as somas das multas aplicadas à Chevron e à Transocean, que operava o poço onde ocorreu o vazamento. A informação foi anunciada em comunicado oficial elaborado às autoridades da Securities and Exchange Commission (SEC), a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) americana.
O percentual de 30% corresponde à fatia que a estatal brasileira detém no projeto de Frade. Além da Petrobras, outra parceira seria a joint venture Frade Japao Petroleo LTDA, composta pela Inpex Corporation, Sojitz Corporation e Japan Oil, Gas and Metals National Corporation.
O procurador federal brasileiro Eduardo dos Santos, que acompanha o caso junto com a autoridade regulatória de petróleo brasileira, acusou 17 executivos da Chevron e da Transocean por crimes ambientais, cujas sentenças de prisão somadas atingem em torno de 31 anos. Na semana passada, a Chevron divulgou comunicado nos jornais brasileiros onde afirmava que as acusações contra seus executivos eram infundadas, e que o vazamento em Frade não havia causado dano ambiental.