Mercado

Petrobras vai manter política de importação de GNL

Mudanças dependem do setor elétrico brasileiro.

Valor Econômico
07/07/2014 10:36
Visualizações: 1393

 

A Petrobras não pensa, no momento, em mudar o formato de aquisição de Gás Natural Liquefeito (GNL) no mercado internacional. A estatal compra cargas no mercado de curto prazo (spot) e alguns consumidores no Brasil gostariam que as compras fossem de longo prazo, para que o gás entrasse no país mais barato. Graça Foster, presidente da estatal, disse ao Valor que "por hora", continua fazendo compras antecipadas de cargas, ou seja, no mercado spot. Segundo ela, mudanças no modelo de contratação vão depender do setor elétrico brasileiro.
"Acho que na área comercial de gás essas discussões acontecem e devem se tornar mais intensas no médio prazo. Mas tudo vai depender da oferta e demanda, das bases com que seremos demandados pelo setor elétrico para que a gente possa reagir do ponto de vista da contratação dessas cargas", afirmou Graça. "É quase um espelho. Querem de nós uma posição firme [na oferta de GNL] ou não querem? Essa é a questão", completou.
A executiva se refere às premissas para acionamento de térmicas a gás, que segundo o modelo brasileiro costumam ser mais caras porque teoricamente são ligadas somente em momentos de crise. O problema é que há cerca de dois anos as termelétricas a gás geram energia a plena carga, o ano inteiro. Além de elevar o custo da energia no país, esse aumento do consumo para geração elétrica provocou reclamações de clientes industriais e distribuidoras sobre a indisponibilidade de gás nacional, que é mais barato.
Graça Foster discorda da avaliação sobre crise de energia. Diz que atualmente a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) mostra que a demanda por térmicas a gás tende a aumentar, mas acha que isso não pode ser chamado de crise. "É um reconhecimento das facilidades e limitações do sistema hidrotérmico", afirma.
A executiva descreve a participação da Petrobras como "oportunista" quando o assunto é geração térmica a gás. Dona de várias usinas, e ela mesma ex-diretora da área de gás e energia, Graça disse que a estatal vai "ficar olhando" a atratividade dos investimentos em térmicas mas avisa que no atual plano estratégico, com visão até 2030, novas termelétricas não são prioridade. "Construir térmicas não, mas fornecimento de gás sim", emenda.
A entrada da Petrobras no mercado internacional, como compradora de GNL na Bacia do Atlântico, já chamou a atenção de consultorias. A atuação, segundo se percebe, é capaz de aumentar os preços, assim como baixá-los quando ela está fora do mercado. Graça responde dizendo que o Brasil tem aumentado as compras mas não tem a importância do Japão, por exemplo, que aumentou as compras depois do acidente com a usina nuclear de Fukushima.

A Petrobras não pensa, no momento, em mudar o formato de aquisição de Gás Natural Liquefeito (GNL) no mercado internacional. A estatal compra cargas no mercado de curto prazo (spot) e alguns consumidores no Brasil gostariam que as compras fossem de longo prazo, para que o gás entrasse no país mais barato. Graça Foster, presidente da estatal, disse ao 'Valor' que "por hora", continua fazendo compras antecipadas de cargas, ou seja, no mercado spot. Segundo ela, mudanças no modelo de contratação vão depender do setor elétrico brasileiro.

"Acho que na área comercial de gás essas discussões acontecem e devem se tornar mais intensas no médio prazo. Mas tudo vai depender da oferta e demanda, das bases com que seremos demandados pelo setor elétrico para que a gente possa reagir do ponto de vista da contratação dessas cargas", afirmou Graça. "É quase um espelho. Querem de nós uma posição firme [na oferta de GNL] ou não querem? Essa é a questão", completou.

A executiva se refere às premissas para acionamento de térmicas a gás, que segundo o modelo brasileiro costumam ser mais caras porque teoricamente são ligadas somente em momentos de crise. O problema é que há cerca de dois anos as termelétricas a gás geram energia a plena carga, o ano inteiro. Além de elevar o custo da energia no país, esse aumento do consumo para geração elétrica provocou reclamações de clientes industriais e distribuidoras sobre a indisponibilidade de gás nacional, que é mais barato.

Graça Foster discorda da avaliação sobre crise de energia. Diz que atualmente a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) mostra que a demanda por térmicas a gás tende a aumentar, mas acha que isso não pode ser chamado de crise. "É um reconhecimento das facilidades e limitações do sistema hidrotérmico", afirma.

A executiva descreve a participação da Petrobras como "oportunista" quando o assunto é geração térmica a gás. Dona de várias usinas, e ela mesma ex-diretora da área de gás e energia, Graça disse que a estatal vai "ficar olhando" a atratividade dos investimentos em térmicas mas avisa que no atual plano estratégico, com visão até 2030, novas termelétricas não são prioridade. "Construir térmicas não, mas fornecimento de gás sim", emenda.

A entrada da Petrobras no mercado internacional, como compradora de GNL na Bacia do Atlântico, já chamou a atenção de consultorias. A atuação, segundo se percebe, é capaz de aumentar os preços, assim como baixá-los quando ela está fora do mercado. Graça responde dizendo que o Brasil tem aumentado as compras mas não tem a importância do Japão, por exemplo, que aumentou as compras depois do acidente com a usina nuclear de Fukushima.

 

Mais Lidas De Hoje
veja Também
Royalties
Valores referentes à produção de outubro para contratos ...
24/12/25
PD&I
ANP aprimora documentos relativos a investimentos da Clá...
23/12/25
CBios
RenovaBio: prazo para aposentadoria de CBIOS por distrib...
23/12/25
GNV
Sindirepa aguarda redução no preço do GNV para o início ...
23/12/25
Apoio Offshore
OceanPact firma contrato de cerca de meio bilhão de reai...
23/12/25
Sergipe
Governo de Sergipe e Petrobras debatem infraestrutura e ...
23/12/25
Drilling
Foresea é eleita a melhor operadora de sondas pela 4ª ve...
22/12/25
Certificação
MODEC celebra 10 anos da certificação de SPIE
22/12/25
Pré-Sal
ANP autoriza início das operações do FPSO P-78 no campo ...
22/12/25
IBP
Congresso Nacional fortalece papel da ANP
22/12/25
E&P
Investimento para o desenvolvimento do projeto Sergipe Á...
19/12/25
Bahia Oil & Gas Energy
Bahia Oil & Gas Energy abre inscrições para atividades t...
19/12/25
PPSA
Produção em regime de partilha ultrapassa 1,5 milhão de ...
19/12/25
Petroquímica
Petrobras assina novos contratos de longo prazo com a Br...
19/12/25
Energia Eólica
ENGIE inicia operação comercial total do Conjunto Eólico...
18/12/25
Parceria
Energia renovável no Brasil: Petrobras e Lightsource bp ...
18/12/25
Biorrefinaria
Inpasa anuncia nova biorrefinaria em Rondonópolis (MT) e...
18/12/25
iBEM26
Startup Day vai mostrar tendências e inovações do setor ...
17/12/25
PD&I
Rio ganha novo Centro de Referência em Tecnologia da Inf...
17/12/25
Etanol de milho
Produção de etanol de milho cresce, mas disputa por biom...
17/12/25
Gás Natural
Produção de gás natural bate recorde no Brasil, e consum...
17/12/25
VEJA MAIS
Newsletter TN

Fale Conosco

Utilizamos cookies para garantir que você tenha a melhor experiência em nosso site. Se você continuar a usar este site, assumiremos que você concorda com a nossa política de privacidade, termos de uso e cookies.