<P> Os portos sob a administração da Companhia Docas do Rio de Janeiro não competem entre si, mas se complementam, porque cada um tem uma vocação, afirmou em entrevista exclusiva o presidente da estatal, Antonio Carlos Soares. Ele citou como exemplo o fato de ontem ter sido entregue o Por...
Redação Os portos sob a administração da Companhia Docas do Rio de Janeiro não competem entre si, mas se complementam, porque cada um tem uma vocação, afirmou em entrevista exclusiva o presidente da estatal, Antonio Carlos Soares. Ele citou como exemplo o fato de ontem ter sido entregue o Porto de Niterói, que estava parado há mais de 20 anos.
A unidade será uma das principais bases de apoio logístico offshore (alto mar) do estado e do país, segundo Soares.
- É um porto moderno, eficiente, que vai atender exatamente às necessidades das plataformas e ao crescimento das atividades nas Bacias de Campos (RJ) e de Santos (SP). Então, são portos complementares.
O presidente da Companhia Docas do Rio de Janeiro lembrou, também, que graças a investimentos efetuados pelo setor privado o Porto de Sepetiba vai movimentar soja já a partir deste ano, além de cimento,com ampliação do volume de minérios, também voltados à exportação.
Somente três empresas que operam nos terminais de Sepetiba (Valesul, Companhia Siderúrgica Nacional e Companhia Vale do Rio Doce) investem no local em torno de R$ 570 milhões, com essa finalidade.
- Nós estamos fazendo a utilização da capacidade plena de cada terminal, tirando a questão da especialização -, observou Soares, acrescentando que não se pode restringir a atividade a uma determinada carga, porque o mercado é competitivo.
Ele citou em particular o mercado de veículos, que durante anos não eram embarcados no Porto do Rio de Janeiro. Hoje, a movimentação de automóveis alcança 167 mil unidades, o dobro do ano passado. Em relação a 2002, Soares revelou que o aumento no movimento de veículos atingiu 278%.
De acordo com o executivo, o complexo portuário do estado está se tornando um dos mais eficientes do país, com investimentos que darão as condições estruturais para alcançar, em 2009, a marca de 100 milhões de toneladas transportadas. Em 2002, o setor portuário fluminense movimentou 22 milhões de toneladas e no ano passado foram 37 milhões de toneladas. Para este ano, a previsão é de chegar a 45 milhões de toneladas.
Como comparação, Soares informou que o Porto de Santos movimenta 75 milhões de toneladas. Ele destacou que a construção do Arco Rodoviário ligando o município de Itaboraí ao Porto do Rio de Janeiro, e a do Anel Ferroviário, que alimentará Santos e o Porto de Itaguaí, contribuirão para a expansão da carga movimentada e facilitarão o escoamento de produtos do interior.
Na opinião de Soares, não interessa aos portos brasileiros competirem entre si.
- O importante é que o país tenha uma estrutura portuária eficiente, que não seja onerosa. Não importa que a carga saia por Santos, pelo Rio de Janeiro, por Sepetiba ou por Paranaguá. O importante é que saia rápido, de forma econômica e que a gente tenha o custo mais baixo de operação portuária.
Fale Conosco