<P>O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, participou ontem, em Rio Grande, da cerimônia de assinatura do contrato entre a Petrobras, a Rio Bravo Investimentos e a WTorre, controladora do Estaleiro Rio Grande, para implantação do primeiro dique seco de grande porte do País. O emp...
Jornal Agora (RS) - Carmem ZiebellO presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, participou ontem, em Rio Grande, da cerimônia de assinatura do contrato entre a Petrobras, a Rio Bravo Investimentos e a WTorre, controladora do Estaleiro Rio Grande, para implantação do primeiro dique seco de grande porte do País. O empreendimento é destinado à construção e reparo de plataformas de produção de petróleo do tipo semi-submersível. Lula chegou ao Município por volta de 11h15min, em um helicóptero, no qual sobrevoou a área (de 55,8 hectares) do Superporto destinada ao empreendimento. Desceu no pátio automotivo do porto rio-grandino e seguiu, de carro, para a área industrial da Quip/SA, onde está sendo construída a plataforma oceânica P-53.
Acompanhavam o presidente, o governador Germano Rigotto, o prefeito de Rio Grande, Janir Branco, e os ministros Tarso Genro, de Relações Institucionais, e Dilma Houssef, da Casa Civil, entre outros. No local, cumprimentou os funcionários e conversou com alguns deles. Depois seguiu para o galpão de convivência da Quip, onde recebeu informações sobre as obras da P-53 e do dique seco. Após a apresentação destas obras, feita pelo diretor de Serviços da Petrobras, Renato Duque, acompanhou a assinatura do contrato para o dique. Lula não fez discurso. A ministra Dilma Houssef falou pelo governo Federal e destacou a decisão do governo que, ao invés de comprar plataformas e peças, optou por demandar estas do setor industrial brasileiro, visando a reestruturação da indústria naval. Após a assinatura do contrato, em entrevista à imprensa, Lula disse que o dique seco vai permitir que o Rio Grande do Sul e a cidade de Rio Grande possam se transformar num centro produtor de plataformas. Destacou que será o maior dique seco do País. Para nós é gratificante porque estamos desenvolvendo uma região (Sul) que sofreu revezes econômicos e que desejamos recuperar, salientou. O presidente disse que seu governo quer a recuperação da região e do Rio Grande do Sul, para que sejam aproveitadas a educação e a formação profissional que o povo gaúcho teve. Observou ser necessária uma discussão entre todos os políticos para buscar uma forma de recuperação do desenvolvimento do Estado, que é extremamente importante para o Brasil. Lula também lembrou o apoio do governo do Estado, com incentivos, para que o empreendimento fosse conquistado por Rio Grande.
Dique
A obra do dique, que tem 130 metros de largura por 140 de comprimento, deverá se estender por dois anos e gerará 350 novos empregos. Após sua conclusão, durante a construção de plataformas, vai gerar entre 2,5 mil e 4,5 mil postos de trabalho. É uma proposta concreta de empregos na região, disse o diretor da área de Serviços da Petrobras, segundo o qual, este não é um empreendimento só da estatal, mas do Programa de Mobilização da Indústria Nacional de Petróleo e Gás (Prominp). A intenção é , mesmo que não esteja concluído, em dezembro de 2007 o dique já esteja funcionando, com a execução do casco da P-55. Outra plataforma que poderá ser construída nesta estrutura é a P-56. A obra do dique, tem custo de R$ 222,8 milhões, cabendo 80% a Rio Bravo e 20% ao Estaleiro Rio Grande.
A infra-estrutura terá ainda cais, oficinas de processamento de aço e áreas de apoio. Na próxima semana deverá ter início a preparação do terreno. O início da construção do dique está previsto para outubro, segundo a Petrobras. Para o período de 12 anos, em que o uso será exclusivo para a Petrobras, está prevista a construção de quatro cascos de plataformas flutuantes de grande porte, dos tipos semi-submersível ou monocoluna. A Petrobras não será a operadora. A infra-estrutura será disponibilizada, mediante aluguel, para as empresas que ganharem as futuras licitações de plataformas.
BR-392 e Molhes
Em seu pronunciamento, a ministra Dilma Houssef informou que a duplicação da BR-392, no trecho entre Rio Grande e Pelotas, foi incluída no Programa Piloto de Investimentos (PPI) do governo Federal. E que em curto prazo deverá estar solucionada a questão do prolongamento dos Molhes da Barra . A idéia é termos uma infra-estrutura adequada ao tipo de indústria que aqui está se instalando, relatou Dilma, referindo-se aos empreendimentos do pólo naval na região Sul.
Fonte: Jornal Agora (RS) - Carmem Ziebell
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