Porto de Santos

Profundidade do canal de navegação é criticada pela Praticagem

A incompatibilidade de profundidade entre a calha do canal de navegação (parte central), os berços de atracação e seus acessos e bacias de evolução é a principal crítica feita pela Praticagem em relação às condi&cced

A Tribuna
20/08/2012 17:04
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A incompatibilidade de profundidade entre a calha do canal de navegação (parte central), os berços de atracação e seus acessos e bacias de evolução é a principal crítica feita pela Praticagem em relação às condições de navegação do Porto de Santos, esclareceu o comandante Viriato do Nascimento Geraldes, gerente do órgão. Segundo ele, nenhuma área de atracação (que fica rente ao cais) tem a mesma profundidade da calha. A diferença faz com que alguns cargueiros “toquem o fundo” do estuário durante manobras.

“A profundidade dos berços de atracação, mantidas pela Codesp, não tem valor correspondente à do canal. Acho que deveria ser feita uma batimetria constante para sabermos qual a profundidade de cada berço. Não adianta ter o canal (calha) dragado com um valor e atracar com outro”, disse o gerente, sem apontar áreas específicas. “Descobrimos no dia a dia”.

A Praticagem chamou a atenção para as condições do canal na última terça-feira (14), durante o encerramento da 10ª edição do Santos Export - Fórum Internacional para Expansão do Porto de Santos. O alerta partiu do presidente da Praticagem, Fábio Mello Fontes. Ele disse que, mesmo após a dragagem de aprofundamento realizada pela Secretaria de Portos, a calha do canal ainda contava com trechos com profundidade inferior a 15 metros e que, “toda semana, encalha um navio de contêiner com 11,5 metros no Porto de Santos”.

Em novo contato com "A Tribuna", na última quinta-feira (16), Fontes criticou especificamente os trechos do estuário e os serviços de responsabilidade da Docas (que faz a dragagem nos berços, nos acessos a essas áreas e nas bacias de evolução).

Em relação à calha do canal, cuja dragagem de aprofundamento foi feita pela Secretaria de Portos, Fontes mencionou que a profundidade não consegue ser mantida por falta de equipamento suficiente para realizar o trabalho com mais agilidade. “Os equipamentos (dragas) demoram muito para voltar aos outros lugares. Precisamos de um número de dragas maior”.

Diante do desequilíbrio entre as profundidades de todo o complexo, o presidente da Praticagem acredita que o programa de dragagem “foi incompleto”. Isso porque, quando o serviço de aprofundamento foi anunciado pelo Governo Federal, a promessa foi de que ele seria feito apenas na calha.

Já as demais áreas (berços e acessos) demandariam projetos separados, que estão sendo tocados pela Codesp. “Precisamos de profundidade até encostar no cais. Hoje nenhum navio pode entrar com 15 metros. É necessário um novo programa que contemple a área que não foi dragada”, disse.


Codesp

Em resposta, a Codesp enfatizou que a calha do canal de navegação está com a profundidade de 15 metros que foi prometida e com largura de 220 metros. Apenas no trecho onde está o navio naufragado Ais Giorgis (próximo da margem de Guarujá, na direção dos armazéns 15 e 16) e as pedras de Teffé e Itapema (nas proximidades do Terminal de Passageiros e do Farol de Itapema, respectivamente) essa largura ainda não pode ser atingida.

Em relação aos berços de atracação, foi esclarecido que o Terminal de Exportação de Veículos (TEV), na Margem Esquerda, está com profundidade de 9,9 metros. Já no Tecon 1 ,2, 3 e 4, também em Guarujá, há 13,1metros; 12,4 metros; 13 metros e 13,3 metros, respectivamente.

Segundo a estatal, até agora, a Praticagem enviou comunicado reclamando somente das dificuldades para desatracação no TEV. Em resposta, a Docas está realizando batimetria para verificação das reais profundidades nos berços e seus acessos.

A Codesp reiterou que os procedimentos licitatórios para o reforço do cais estão em andamento. Essas obras são necessárias para aprofundar berços, seus acessos e bacias de evolução. Sem elas, há o risco de a estrutura do costado desabar.
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