<P>Os números são grandiosos principalmente em relação à construção da Companhia Siderúrgica Vitória (CSV), antes chamada de Companhia Siderúrgica de Ubu, CSU), no Sul do estado. No pico da obra, serão 15 mil empregos diretos e, depois de pronta, a fábrica abrirá 3,5 mil empregos direto...
A Gazeta - Vitória/SinavalOs números são grandiosos principalmente em relação à construção da Companhia Siderúrgica Vitória (CSV), antes chamada de Companhia Siderúrgica de Ubu, CSU), no Sul do estado. No pico da obra, serão 15 mil empregos diretos e, depois de pronta, a fábrica abrirá 3,5 mil empregos diretos e 15 mil indiretos.
O volume de investimento foi anunciado pelo presidente da Companhia Vale do Rio Doce (CVRD), Roger Agnelli, e pelo presidente da Baosteel Group Corporation, Xu Lejiang, durante inauguração do escritório da CSV. As duas companhias firmaram uma joint venture.
O investimento previsto para a siderúrgica, em Anchieta, é de US$ 4 bilhões, podendo chegar a US$ 4,5 bilhões, dependendo do câmbio. Serão mais US$ 500 milhões no terminal portuário de águas profundas (com calado que pode chegar a 30 m), e US$ 400 milhões na Ferrovia Litorânea Sul, que ligará Vitória a Cachoeiro, com ramal chegando a Ubu.
A inauguração do escritório da CSV, que funcionará na Enseada do Suá, levou a Vitória os executivos da maior siderúrgica da China, a Baosteel, e da CVRD. A mineradora terá 20% do negócio, ficando os outros 80% com os chineses. Lejiang admitiu que a Baosteel poderá buscar outros parceiros para o negócio. O próprio BNDES poderá participar do investimento na parte dos 20% que serão investidos pela Vale.
A CSV produzirá 5 milhões de toneladas de placas de aço por ano, podendo, posteriormente, ampliar para 10 milhões de toneladas. Segundo Lejiang, o Brasil tem um ótimo minério de ferro e, produzir as placas aqui evitará que o minério seja transportado para o seu país. Hoje, o frete Brasil-China gira em torno de US$ 80 a tonelada, segundo Agnelli.
A ferrovia deverá ter 150 km, e o projeto, guiado somente pela Vale, está em fase final de elaboração. Segundo Agnelli, a empresa já está começando o processo de desapropriação e licenciamento ambiental. Sem a ferrovia, que será um ramal da Estrada de Ferro Vitória a Minas (EFVM), não seria viável construir a siderúrgica, explicou Agnelli. Além da ferrovia, a Vale ficará responsável pela implantação do porto que ficará próximo ao terminal da Samarco que já funciona no local.
Fale Conosco
22