A publicação de novas metas para a aquisição de créditos de descarbonização (Cbios) por distribuidoras de combustíveis, que fazem parte do RenovaBio, deve ocorrer até o mês de julho, estimou nesta quarta-feira o diretor do Departamento de Biocombustíveis do Ministério de Minas e Energia (MME), Miguel Ivan Lacerda Oliveira.
As metas do RenovaBio, política nacional de biocombustíveis do Brasil, entraram em revisão devido às crises do coronavírus e da queda dos preços internacionais do petróleo, que afetaram toda a cadeia de combustíveis.
"Até o mês de julho teremos a publicação dessas metas", afirmou Oliveira durante partcipação em webinar promovido pela consultoria Datagro. "Assim teremos espaço para que elas sejam construídas", acrescentou.
Inialmente, o objetivo era que fossem adquiridos 28,7 milhões de Cbios neste ano.
Sem dar maiores detalhes, Oliveira antecipou que um porcentual referente aos quatro primeiros meses de 2020 será excluído do novo cálculo da meta. "Vamos calcular (também) qual é o impacto do ciclo Otto e do ciclo diesel", disse.
Durante o início deste ano, o surto do novo coronavírus no Brasil desencadeou medidas de isolamento social que reduziram a utilização do etanol.
Nesta quarta-feira, a Unica, entidade que representa as usinas de cana-de-açúcar no Brasil, disse que "a queda drástica" da demanda por combustíveis, as retrações nas cotações do petróleo e o recuo nos preços do açúcar já impactam o faturamento setorial.
Só primeira quinzena de abril, a receita com a venda de etanol caiu quase 50% na comparação com os valores registrados no mesmo período de 2019, destacou a Unica.
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