Serão investidos R$ 80 milhões em 11 projetos voltados para pesquisas na geração e operação de energias renováveis mais eficientes e no desenvolvimento de tecnologias para parques eólicos onshore e offshore.
Redação TN Petróleo/AssessoriaO Centro de Pesquisa para Inovação em Gases de Efeito Estufa (RCGI) e a Total Energies, empresa global multienergética que produz e comercializa energias (petróleo e biocombustíveis, gás natural gases verdes, energias renováveis e eletricidade), assinaram ontem (20/6) um convênio para a execução de 11 projetos. A cerimônia foi realizada na reitora da Universidade de São Paulo (USP), na capital paulista, com as presenças do reitor da USP, Carlos Gilberto Carlotti Junior; da diretora de P&D da empresa, Isabel Waclawek (foto); e do diretor científico do RCGI, Julio Meneghini, entre outras autoridades.
Serão investidos R$ 80 milhões em um total de 11 projetos voltados para pesquisas na geração e operação de energias renováveis mais eficientes e no desenvolvimento de tecnologias para parques eólicos onshore e offshore, com o envolvimento de 150 pesquisadores. Os projetos criarão bases teóricas e práticas para identificação de impactos provocados pelas atividades e as formas de mitigá-los. Dentre os programas, destaca-se uma pesquisa que avalia a combinação de usinas fotovoltaicas com agricultura e captura de CO2, em linha com os compromissos da TotalEnergies com a sustentabilidade e responsabilidade nas regiões em que atua.
“É uma grande oportunidade de a universidade poder colaborar com a sociedade, ajudando a promover uma transição energética planejada e lógica, que resulte em um planeta melhor”, afirmou Carlotti. Ele lembrou que o modelo de trabalho do RCGI, de trabalhar a pesquisa em rede, envolvendo várias unidades da USP, e que serviu de inspiração para a criação de outros centros na USP, é uma tendência no mundo. “Estados Unidos, Europa, Ásia, todos estão criando centros temáticos para poder solucionar problemas específicos, com boa velocidade e produção acadêmica”, disse.
Segundo Carlotti, no caso da USP, o modelo de financiamento desses centros também vem mudando. Inicialmente apenas com verbas da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), depois com verbas conjuntas – da fundação e das empresas, e agora com investimento direto das empresas. Se no passado havia uma tendência de as empresas não quererem investir em projetos de pesquisa, essa realidade mudou, na avaliação de Carlotti.
Ele lembrou que quando uma empresa investe em pesquisa, seu objetivo é incorporar isso como inovação, não apenas como algo incremental. “E nós precisamos estar preparados para responder às perguntas da empresa. “Ninguém mais quer saber quantos papers foram publicados por ano, as pessoas querem saber o que fizemos para mudar a sociedade em que vivemos”, frisou.
“Nós estamos aqui para resolver não apenas os grandes problemas do Brasil, mas os grandes problemas globais, que estão surgindo no século XXI, como as mudanças climáticas, que podem impactar toda a humanidade”, afirmou Julio Meneghini, destacando as contribuições das diversas instâncias da USP, da Fundação de Apoio à Universidade de São Paulo (FUSP) e da Total Energies, envolvidas na preparação da proposta do convênio firmado, além da importância da cláusula de P,D&I dos contratos para exploração e produção de petróleo e gás natural da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustível (ANP). Essa cláusula exige que os concessionários façam investimento em projetos de pesquisa da ordem de 1% de sua receita bruta.
“Importante mencionar que em 2021 a ANP estendeu o uso dessa norma para projetos em energias renováveis com o objetivo de fomentar uma economia de baixo carbono em nosso país e desenvolver a capacidade científica e tecnológica local nesse setor. Nós, da TotalEnergies, saudamos essa iniciativa, pois ela auxilia no esforço de assegurar que o Brasil consolide sua transição energética”, disse Waclawek.
Ainda segundo a diretora de P&D da empresa, o portfólio de projetos da TotalEnergies no Brasil está focado em projetos alinhados com a estratégia da empresa de reduzir as emissões de gases de efeito estufa, desenvolver energias mais limpas, diminuir os custos das operações, o que melhora a integridade dos ativos, traz maior segurança às operações e garante menor impacto ambiental. “Hoje, 48% dos nossos projetos no Brasil estão voltados aos segmentos de novas energias. E nossa missão para os próximos anos é de aumentarmos ainda mais os investimentos em tecnologias que contribuirão para a transição energética e para a redução da pegada de carbono”, finalizou.
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