Redação TN Petróleo, Agência Petrobras
A Petrobras lançou nessa segunda-feira, 16/06, o Relatório de Sustentabilidade, trazendo um retrato dos avanços da empresa em sua trajetória na Transição Energética Justa em 2024. O investimento de US$ 16,3 bilhões para projetos de baixo carbono nos próximos 5 anos, a geração de 315 mil empregos no mesmo período e a redução em 40% as emissões absolutas de CO2e desde 2015. Além disso, o Relatório destaca distribuição de R$ 379,4 bilhões em valor para a sociedade no último ano e o investimento de R$ 350 milhões no Programa Autonomia e Renda ao longo de quatro anos, iniciativa que materializa o compromisso com a inclusão social e que iniciou qualificação de mais de mil alunos em sete estados.
Além da gasolina Petrobras Podium Carbono Neutro, para veículos leves, e do Diesel R5, para veículos pesados, ambos lançados em 2023, a Petrobras está investindo na construção de plantas dedicadas de biorefino para a produção de querosene de aviação sustentável (SAF) e de diesel renovável na Refinaria Presidente Bernardes (RPBC), em Cubatão, com capacidade de 15 mil barris por dia (bpd) e no Complexo de Energias Boaventura com capacidade de 19 mil bpd, ambas com previsão de início de operação após 2029. Também está em estudo a implantação de uma planta na Refinaria de Paulínia (REPLAN), com capacidade de 10 mil bpd para produção de SAF via rota Alcohol-to-jet (ATJ), que utiliza o etanol como matéria-prima.
Outro avanço foram os três testes de campo de combustíveis marítimos com menor intensidade de carbono. Nos testes com 24% de biodiesel, foi constatada a redução potencial de emissão de gases de efeito estufa (GEE), variaram entre 17 e 20% em comparação ao bunker 100% mineral. O produto foi certificado pela International Sustentability & Carbon Cerfification, o que credenciou a Petrobras a comercializar o produto certificado VLS B24 em 2025. A empresa também está comercializando gasóleo marítimo com teor máximo de enxofre de 1,0 mil mg/kg (LSMGO – sigla de Low Sulfur Marine GasOil), no porto de Santos. Esse teor é significativamente menor que o limite regulado de 5,0 mil mg/kg.
Além das iniciativas próprias de descarbonização, a Petrobras trabalha em parcerias nacionais e internacionais com outras empresas com ações voltadas para a melhoria da qualidade do ar e dos combustíveis. Uma dessas parcerias é com a Oil and Gas Climate Initiative (OGCI), composta por 12 das principais empresas de energia do mundo: BP, Chevron, CNPC, ENI, Equinor, Exxon Mobil, OXY, REPSOL, Saudi Aramco, Shell e Total, além da Petrobras. O compromisso da Petrobras com a OGCI é reduzir suas emissões operacionais líquidas a zero nos prazos do Acordo de Paris. Os membros da OGCI já reduziram coletivamente suas emissões de metano em 55% e a intensidade de carbono em 21% desde 2017.
As compensações de emissões (offsets) a partir de créditos de carbono poderão ser utilizadas como ferramenta complementar para a descarbonização. Em 2024, a Petrobras investiu no mercado voluntário de créditos de carbono, adquirindo um novo lote de 270 mil créditos do projeto de REDD+ Envira Amazônia. Os créditos são das safras 2020 e 2021 e certificados segundo o padrão VCS (Verified Carbon Standard) da Verra, a maior certificadora do mercado voluntário de carbono no mundo, com certificação nível ouro para os quesitos de Adaptação às Mudanças Climáticas, Biodiversidade e Comunidade segundo o padrão Climate, Community & Biodiversity (CCB). Os créditos adquiridos nessa iniciativa foram utilizados para a compensação das emissões da nova gasolina Podium Carbono Neutro.
O resultado de descarbonização nas operações da empresa é outro destaque no Relatório de Sustentabilidade. Quando comparado aos dados de 2015, constatou-se a redução de 40% das emissões absolutas de CO2e e em 69% as emissões diretas de metano no upstream, avanço reforçam as ambições da Petrobras de alcançar Net Zero até 2050, Near Zero Methane até 2030 e manter um crescimento líquido neutro até 2030.
Os 25 projetos com foco em Florestas do Programa Petrobras Socioambiental, vigentes em 2024, atuaram na recuperação ou conservação direta de mais de 535 mil hectares de florestas e áreas naturais da Mata Atlântica, Amazônia, Caatinga, Pampa e Cerrado contribuindo para a mitigação das emissões de GEE. O benefício incremental líquido estimado deste trabalho é de cerca de 3 milhões de tCO2 e, e considera a remoção líquida e as emissões evitadas por ações que previnem o desmatamento. Outra frente de investimento voluntário em florestas é a iniciativa Floresta Viva, nos quais foram investidos R$ 49,1 milhões no referido ano.
O desempenho econômico trouxe impactos positivos para a sociedade com a distribuição de R$ 379,4 bilhões por meio de tributos, royalties e participações especiais, remuneração direta e a acionistas e pagamentos a instituições financeiras e fornecedores. Para os próximos anos, as iniciativas previstas no PN 2025-29 devem gerar cerca de 315 mil empregos. A Petrobras estima que em 2024, os investimentos do segmento E&P, que totalizaram de 13,91 bilhões de dólares, sustentaram 145 mil empregos no país por meio das aquisições locais e de seus efeitos na cadeia de suprimento.
Como resultado do investimento em capacitação de mão de obra e inclusão social do Programa Petrobras Autonomia e Renda, o último ano foi marcado pelo início de turmas de qualificação profissional para 1.065 alunos nos sete estados. Cerca de 72% dos estudantes são pessoas pretas e pardas, 60% são mulheres e 4% são pessoas com deficiência. Os alunos formados são orientados a se inscreverem no Sistema Nacional de Emprego (SINE) ou Postos de Atendimento ao Trabalhador (PAT) dos municípios abrangidos pelo programa. Já as empresas que compõem a cadeia de fornecedores da Petrobras são incentivadas a disponibilizarem suas vagas de emprego nesses órgãos com a intenção de ampliar as oportunidades para essa mão de obra local qualificada.
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