Governo gaúcho assinou protocolo de intenções com a Gás Energy New Venture (GENV) para a instalação de um terminal de regaseificação e de uma usina térmica a gás no município de Rio Grande. Os dois empreendimentos demandarão cerca de US$ 1,2 bilhão em investimentos.
Assessoria RGSO governo do Rio Grande do Sul assinou um protocolo de intenções com a Gás Energy New Venture (GENV) para a instalação de um terminal de regaseificação de GNL e de uma usina térmica a gás no município de Rio Grande. Juntos, os dois empreendimentos demandarão cerca de US$ 1,2 bilhão em investimentos.
As obras serão feitas junto ao porto de Rio Grande, em uma área de 20 hectares. A intenção é de que a usina térmica participe de um leilão de energia já em 2010, para começar a operar em 2012 ou em 2013 - na verdade, as datas vão depender das concessões de licenças ambientais. "Com esse projeto, o Rio Grande do Sul passa a ser uma nova fonte energética para o Brasil", afirmou Yeda.
O empreendimento da GENV não exclui o Rio Grande do Sul da disputa pelo terminal de regaseificação de GNL da Petrobras. Apesar de a estatal garantir que analisa 15 pontos em toda a costa brasileira - o terminal será offshore -, Rio Grande do Sul e Santa Catarina despontam como prováveis destinos do investimento. Caso seja instalado em águas gaúchas, o empreendimento da Petrobras não deverá concorrer diretamente com a GENV. "Esse terminal da estatal será construído para atender uma demanda de energia já vendida, em leilão que já aconteceu", destaca Marco Tavares, sócio-diretor da GENV.
Márcio Biolchi, secretário estadual do Desenvolvimento e dos Assuntos Internacionais, reforçou o coro de que o projeto da GENV não exclui a possibilidade da Petrobras. Segundo ele, a novidade deverá até favorecer o empreendimento pretendido pelo governo - já que poderá atender as demandas da exploração da camada pré-sal. "Não fomos contemplados com petróleo, mas poderemos suprir demandas como essa, de regaseificar o que for extraído em outros estados", afirma Biolchi.
Enquanto a exploração do pré-sal não começa - a previsão remete apenas a 2014 -, o Tergás, como será chamado o projeto da GENV, irá comprar gás liquefeito de outros países. Entre os possíveis fornecedores, que serão revelados somente depois de 2010, estão empresas da Argélia, Venezuela, Egito, Guiné Equatorial, Angola, Catar e outras origens. A operação viabilizará o abastecimento de usinas térmicas, substituindo o uso do carvão. O projeto inclui, ainda, uma parceria que deverá levar um duto até a cidade de Candiota, abastecendo as usinas térmicas do município.
Para transportar gás para Porto Alegre e Uruguaiana, a construção de dutos dependerá de investimentos da Sulgás e da Transportadora Sul Brasileira de Gás (TSB). O volume de gás natural liquefeito que chega ao Rio Grande do Sul atualmente é de 2,3 mm3/dia. A capacidade será triplicada, já que o novo terminal poderá fornecer 6 mm3/dia.
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