Embora a encomenda seja expressiva, o consultor do setor de óleo e gás do Câmara de Comércio da Noruega, Johnar Olsen, alerta para a possibilidade de excessivo fracionamento da encomenda.
A Transpetro marcou para a próxima terça-feira (12/07) a sessão pública em que anunciará as empresas e consórcios capacitados a participar da segunda fase da licitação dos petroleiros que serão encomendados pela empresa. Embora a licitação compreenda 42 navios em total e 22 na primeira fase, o consultor do setor de óleo e gás do Câmara de Comércio da Noruega, Johnar Olsen, alerta para a possibilidade de excessivo fracionamento da encomenda. "Se o pedido for muito fracionado as parceiras estrangeiras podem sair ou manter os negócios no setor de apoio offshore, mas sem grandes investimentos", analisa Olsen. Segundo ele, se a licitação terminar com mais de três vencedores poderá haver uma forte tendência de cancelamento de investimentos. A Aker é a única empresa norueguesa participante da licitação e faz parte do consórcio Rio Grande, que é formado pelo estaleiro Aker Promar (Brasil), pela construtora Queiroz Galvão (Brasil) e pelos estaleiros estrangeiros Aker (Noruega) e Samsung (Coréia). Olsen comenta, no entanto, que as empresas estrangeiras não participam da licitação visando exclusivamente a construção dos navios encomendados pela Transpetro, mas para se posicionar no Brasil e fazer do país suas bases de construção naval, inclusive para exportação.
A licitação da Transpetro será realizada para a construção de navios dos tipos Suezmax, Aframax, Panamax, Produtos e Gaseiros. Os investimentos serão de US$ 1,9 bilhão, sendo US$ 1,1 bilhão na primeira fase para a construção de 22 navios e outros US$ 800 milhões para a construção dos outros 20 navios.
Além do consórcio Rio Grande, disputam a licitação os consórcios Brasfel (Brasil/ RJ), Keppels Fels (Cingapura) e Daewoo (Coréia); Nuclep (Brasil/ RJ), Beter (Brasil), Gdynia (Polônia) e Grupo Pem (Brasil/ RJ); Mauá Jurong (Brasil/ RJ) e Maric CSSC (China); EISA Montagem (Brasil/ RJ) e STX (Coréia); Camargo Corrêa (Brasil/ PE), Andrade Gutierrez (Brasil/ PE) e Mitsui (Japão); Estaleiro Rio Grande (Brasil/ RS) e Ishikawajima (Japão); os estaleiros Inace (Brasil/ CE) e Itajaí (Brasil/ SC) e consórcio Rio Naval, formado pelas empresas Sermetal (Brasil), Iesa (Brasil), MPE (Brasil) e Hyunday (Coréia).
O consórcio Rio Naval adquiriu recentemente os ativos do estaleiro Sermetal e, segundo o secretário estadual de Energia, Indústria Naval e do Petróleo, Wagner Victer, tornou-se o consórcio com maior capacidade para vencer a licitação.
Fale Conosco
21