Gazeta Mercantil
Um mês após a grave crise de gás envolvendo Rússia e Ucrânia, a União Européia (UE) entrou em acordo ontem para definir uma estratégia energética comum, com uma lista de projetos concretos que conta com o apoio dos 27 países membros. A Comissão Européia reavaliou para cima, o montante (US$ 4,76 milhões) inutilizado de um pacote orçamentário do bloco que deve ter como destino o desenvolvimento de projetos energéticos chave, uma ideia rechaçada até agora por alguns países que se mostraram insatisfeitos com a maneira pela qual estes recursos foram divididos.
Para convencê-los, Bruxelas revisou a divisão e reorganizou sua lista de financiamento de projetos de infraestrutura, destinando mais dinheiro a iniciativas na Itália e na França, grandes contribuintes do orçamento europeu.
O plano apresentado pela Comissão Européia abarca o futuro gasoduto Nabuco (para transportar gás não russo do Mar Cáspio através da Turquia), para o qual seriam destinados € 250 milhões. A lista também inclui um reforço da conexão de gás no mediterrâneo, entre o norte da África, Espanha e França, um projeto que deve receber € 150 milhões.
A nova proposta foi examinada ontem pelos ministros europeus de Energia reunidos em Bruxelas, que a consideraram “positiva”, segundo o ministro de Energia checo Martin Riman, cujo país exerce a presidência da UE. De todo modo, os ministros demostraram apoio à implementação dos projetos, mas não ao seu financiamento, informou o comissário europeu de Energia, Andris Piebalgs.
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