Transpetro

Urucu-Coari-Manaus marca nova era para tecnologia dutoviária

A inauguração do gasoduto Urucu-Coari-Manaus é um marco para a engenharia dutoviária brasileira. Cercada de imensos desafios logísticos e operacionais, a Transpetro preparou-se ao longo de dois anos para assumir a operação e a manutenção

Redação
27/11/2009 07:37
Visualizações: 2037

A inauguração do gasoduto Urucu-Coari-Manaus é um marco para a engenharia dutoviária brasileira. Cercada de imensos desafios logísticos e operacionais, a Transpetro preparou-se ao longo de dois anos para assumir a operação e a manutenção dos mais de 700 quilômetros de dutos que perpassam áreas inóspitas na selva amazônica.

Os desafios que envolveram a construção do gasoduto foram enormes e continuam, a partir de agora, com sua operação e manutenção. Devido à variação no nível d´água do Rio Amazonas, entre os períodos de cheia e seca, as faixas de servidão do gasoduto ficam submersas em alguns meses do ano e expostas nos outros. “É uma espécie de gasoduto ‘anfíbio’. Pela localização e extensão, o Urucu-Coari-Manaus é uma obra dutoviária única no mundo”, avalia o diretor de Gás Natural da Transpetro, Marcelo Rennó.

A empresa criou uma gerência regional específica, sediada em Manaus, para executar os serviços de operação e manutenção deste gasoduto. A Transpetro cedeu técnicos para acompanhar as obras junto às equipes de engenharia da Petrobras e treinou seus funcionários “in loco”, antes de assumir as operações. “Apesar de já termos 10 anos de experiência operando dutos na região amazônica, sabíamos que o Urucu-Coari-Manaus exigia um nível especial de preparação, e foi o que fizemos”, destaca o presidente da Transpetro, Sergio Machado.

Comprovando a excelência tecnológica da Transpetro, o gasoduto será operado de forma remota e automatizada através do Centro Nacional de Controle Operacional (CNCO), no Rio, a mais de 4 mil quilômetros de distância. A operação do gasoduto inclui a execução remota das operações e o monitoramento das principais informações do processo, tais como: pressão, vazão, composição do gás e temperatura, e é feito 24 horas por dia, 7 dias por semana, dando total confiabilidade às operações.

Assim como nos demais dutos, o sistema de supervisão e de controle das operações Scada (Supervisory Control and Data Acquisition) é a principal ferramenta de software utilizada pela CNCO que trabalha com computadores e tecnologia em telecomunicação de última geração.

Por estar localizado em uma área bastante sensível do ponto de vista ecológico, o gasoduto Urucu-Coari-Manaus exige um altíssimo padrão de confiabilidade. Imbuída pelo respeito ao meio-ambiente e o compromisso com o desenvolvimento sustentável que a caracteriza, a Transpetro seguirá todas as condicionantes da licença de operação da obra e aplicará todos os seus processos certificados para garantir a segurança das operações. Destaca-se a adoção do Programa de Integridade de Dutos (PID), referência mundial no setor, que garante a integridade das instalações e os elevados padrões de excelência operacional.

Sobre o gasoduto

O gasoduto Urucu-Coari-Manaus, inaugurado nesta sexta-feira, dia 26, pelo Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, integra o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e permitirá o escoamento do gás natural produzido no Pólo de Urucu, na Bacia de Solimões, até Manaus (AM). O investimento total é de R$ 4,5 bilhões, dos quais R$ 3,8 bilhões do PAC.

A Refinaria Isaac Sabbá (Reman), da Petrobras, é a primeira unidade a receber o gás natural , com um consumo inicial de 77 mil m3/dia. Em janeiro próximo, o consumo chegará a 253 mil m3/dia.

Além da linha tronco, que liga Urucu a Manaus, o gasoduto conta com sete ramais para atendimento às cidades de Coari, Codajás, Anori, Anamã, Caapiranga, Manacapuru e Iranduba. Tem capacidade inicial para transportar 4,1 milhões de m3/dia e, com a instalação de duas estações de compressão intermediárias entre Urucu e Coari, alcançará 5,5 milhões de m3/dia, em setembro de 2010.

O gasoduto torna disponível para o mercado o gás natural produzido na Bacia dos Solimões, a segunda maior reserva do País, estimada em 52,8 bilhões de m3 . A usina termelétrica Tambaqui será a primeira a utilizar gás natural, para geração de energia elétrica em Manaus. Outras seis usinas também vão utilizar o gás: Manauara, Jaraqui, Aparecida, Mauá, Cristiano Rocha e Ponta Negra.

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