A primeira usina de biodiesel da Baixada Santista será implantada ate o final deste ano. A nova unidade, a quarta de todo o Estado, será capaz de produzir 100 mil litros do combustível ecológico por mês, o suficiente para abastecer toda a frota de ônibus e de veículos públicos do Município.
O projeto prevê o reaproveitamento do óleo de cozinha coletado nos domicílios da região. Somente em Santos, por mês, são captados 50 mil litros do composto. A usina será erguida pelo Instituto BioSantos, parceira da empresa Sunnacal, no desenvolvimento da tecnologia de produtos voltados a preservação ambiental.
Atualmente, segundo o presidente do BioSantos, Roberto Coutinho, as empresas estão concluindo a entrada de investidores no projeto e, também, qual das cidades da região receberá a planta.
De acordo com Coutinho, o investimento necessário para a construção da usina e de R$ 1 milhão. O aporte e o bastante para arcar com uma unidade de 100 mil litros de biodiesel por mês. “Só com o óleo de cozinha utilizado em Santos, a planta da Cidade tem potencial de produzir 216 mil litros por mês”.
A conta e de meio litro de óleo descartado mensalmente por cada habitante na Cidade. Ampliando o limite territorial da captação do óleo, de Registro, no Litoral Sul, a São Sebastião, no Norte, e baseando na mesma media de consumo, Coutinho calcula que e possível desenvolver 850 mil litros de biodiesel por mês, caso os quase 1,8 milhão de habitantes participarem da coleta seletiva.
A princípio, a ideia e oferecer o combustível as prefeituras, em especial a de Santos. O preço por litro, afirma o presidente do BioSantos, devera ser inferior aos R$ 2,33, negociado no ultimo leilão da Agencia Nacional do Petróleo (ANP).
“Nossa meta seria um valor menor, porque se a gente conseguir vincular a frota pública, damos um ganho de qualidade ao Município”, aponta o empresário.
A usina de biodiesel da Baixada Santista produzirá o chamado B100, com 100% de biodiesel, sem adição do diesel, derivado do petróleo. Segundo Coutinho,a totalidade do combustível ecológico e um avanço a própria legislação brasileira, valida desde janeiro ultimo, e que permite 96% de diesel e 4% de biocombustivel.
Na produção, a BioSantos ainda pretende aproveitar 10% de glicerina que sobram dos óleos para transformar em um subproduto,chamado glicerina loira. Esse material, por sua vez, pode ser utilizado como combustível para a queima em fornos industriais, com baixo poder de poluição