Tecnologia

Utilização de satélite está fora do plano contra vazamentos

O monitoramento de vazamentos de petróleo por satélites não será obrigatório no Plano Nacional de Contingência (PNC) nem está na lista de prioridades da Agência Nacional do Petróleo (ANP). De acordo com avaliações de especial

Folha de São Paulo
30/03/2012 15:29
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O monitoramento de vazamentos de petróleo por satélites não será obrigatório no Plano Nacional de Contingência (PNC) nem está na lista de prioridades da Agência Nacional do Petróleo (ANP).

Por esse motivo, a agência não renovou, nem tem planos de renovar, um contrato encerrado em 2004 com a Coordenação de Programas de Pós-Graduação em Engenharia (Coppe/UFRJ), segundo uma fonte da autarquia. O contrato previa o uso de equipamento que monitora vazamentos, em tempo real, por meio de sensoriamento remoto.

O convênio, que durou dois anos, resultou na montagem do Laboratório de Métodos Computacionais em Engenharia (Lame), ao custo de R$ 6 milhões na época. Equipado com antenas receptoras de dados, computadores e softwares que monitoram manchas de óleo em tempo real, atualmente ele só é usado pela petroleira estatal mexicana Pemex.


Limitações

Proposta também levada à ANP, entre outras sugestões, pelo secretário estadual do Meio Ambiente do Rio de Janeiro, Carlos Minc, para melhorar a fiscalização em casos de acidentes ambientais como o da Chevron, o uso de satélites tem limitações, na avaliação de especialistas.

Condições climáticas desfavoráveis e falta de iluminação à noite, por exemplo, são fatores que prejudicam sua eficácia.

Para o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), no entanto, é possível superar esses obstáculos.

Isso seria feito com o emprego de imagens feitas por radar de abertura sintética, o SAR, complementadas por outras informações, obtidas com o uso de infravermelho, por exemplo.

Apesar de usados com frequência pelas petroleiras para monitorar vazamentos, os satélites já têm melhores substitutos, como as boias com sensores que foram utilizadas no acidente da BP, no golfo do México. Jogadas nas manchas de óleo, elas transmitem informações sobre o seu direcionamento.


Convênio

Para o diretor de tecnologia e inovação da Coppe/UFRJ, Segen Estefan, tanto o Lame, fruto do antigo convênio, como outras instalações da instituição seriam muito úteis para a ANP em um momento de crescimento da exploração de petróleo no país. "Temos na Coppe alguns laboratórios com muita experiência na inspeção de dutos e equipamentos submarinos. Todas essas questões são muito importantes para construir um programa de prevenção de acidentes robusto", afirmou.

Ele vê a possibilidade de a Coppe/UFRJ atuar como um complemento da ANP, que, apesar de ser responsável pela fiscalização do setor que mais cresce no país, tem somente 1.200 funcionários. "Nós entendemos que tem que haver um apoio das instituições mais consolidadas para a ANP aumentar o seu quadro técnico e podermos complementar o que já é realizado por eles", afirmou.

Procurada, a ANP informou por meio da assessoria que, "por enquanto, não existe intenção de renovar o convênio com a Coppe".
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