Jornal do Commercio
O Grupo Wilson,Sons lançou ontem o segundo de uma série de cinco rebocadores que receberam investimento total de US$ 22 milhões para a construção. Todas as embarcações vem sendo feitas pelo estaleiro Wilson,Sons no Guarujá, em São Paulo. Ambas serão operadas pelo armador Saveiros Camuyrano, também pertencente ao grupo.
Batizado de Cetus, o rebocador foi entregue e recebeu o tradicional batismo em cerimônia realizada à noite no Espaço Cultural da Marinha, no Centro do Rio. A embarcação possui nova tecnologia, de propulsão azimutal, que permite maior capacidade de manobras para atracação e desatracação de navios.
Outros três rebocadores semelhantes serão construídos pelo grupo Wilson,Sons. O Cetus, assim como o Taurus, o primeiro da série, lançado no ano passado, tem 28,70 metros de comprimento e atinge velocidade de 12 nós. Até o fim do ano, a empresa entrega mais um rebocador dentre os cinco previstos.
A maior parte dos recursos, cerca de 85%, levantados para a construção destas embarcações é oriunda do Fundo de Marinha Mercante (FMM), que financia estes projetos através do Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES). A estratégia do grupo Wilson,Sons é substituir os rebocadores mais antigos que ainda estão em operação por outros mais modernos e avançados em tecnologia.
Embarcações são operadas pela saveiros camuyrano
Estes rebocadores são operados pela Saveiros Camuyrano, também pertencente ao Wilson,Sons, que atua coligada com a Sobrare Servemar. A empresa detém uma frota de 50 rebocadores próprios, que atuam em 20 portos em todo o País, dentre os quais os de Santos, Vitória, Rio Grande, Paranaguá e Rio de Janeiro.
Além dos rebocadores, a Saveiros conta também com dois navios do tipo Plattform Supply Vessel (PSV), utilizadas no apoio a plataformas de petróleo. Batizados de Saveiros Albatroz e Saveiros Gaivota, atendem às sondas de perfuração da Petrobras em operação na Bacia de Campos.
Ao lado do secretário de Energia, da Indústria Naval e do Petróleo, Wagner Victer, o diretor-superintendente do grupo Wilson,Sons, César Baião, destacou que a empresa tem ampliado significativamente os investimentos no Rio de Janeiro nos últimos cinco anos.
- Operávamos com três rebocadores em portos fluminenses há alguns anos. Hoje em dia, contamos com dez embarcações deste tipo aqui no Estado - afirmou o executivo. Segundo ele, a Wilson,Sons inicia nos próximos meses a construção de mais uma embarcação do tipo PSV.
O diretor de Rebocadores e Estaleiros do Grupo Wilson,Sons, Arnaldo Calbucci, exaltou a liderança da empresa no mercado de rebocagem de navios nos portos brasileiros. Ao avaliar o comportamento do mercado no ano passado, Calbucci destacou o crescimento da empresa, impulsionado pelo bom desempenho do comércio exterior no País. "Houve um crescimento de cerca de 7% no volume de serviços da empresa em 2004", disse ele.
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