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Jornal do Commercio(POA)Enquanto a iniciativa privada e o governo gaúcho não se entendem para as necessárias dragagens no porto do Rio Grande e no rio Gravataí, a administração dos portos do Paraná está criando uma companhia de dragagem em parceria com a iniciativa privada. Apesar da iniciativa ser uma alternativa à demora dos processos de dragagens, a Associação Brasileira dos Terminais Portuários (ABTP) desaprova a idéia.
É um retrocesso. Seria implementada uma outra empresa vinculada ao Estado com os seus custos e burocracia, afirma o presidente da ABTP, Wilen Manteli. Ele defende que os serviços de dragagem deveriam ser terceirizados, como o que acontece com as rodovias pedagiadas, ou que seja repassada a responsabilidade da dragagem aos terminais portuários. Manteli informa que é possível conseguir o apoio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para efetivar essas possibilidades.
Já a Superintendência do Porto do Rio Grande (Suprg) tem dúvidas quanto à viabilidade jurídica da ação paranaense. O superintendente Vidal Áureo Mendonça diz que a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) determina que apenas empresas brasileiras de apoio de navegação autorizadas pela Antaq para serviços de dragagem podem atuar nessa área. Até o momento, a Antaq não recebeu nenhum comunicado oficial do governo paranaense sobre a implantação da nova companhia.
Segundo o superintendente da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), Eduardo Requião, a criação da Companhia Paranaense de Dragagem permitirá que as dragagens sejam feitas sem que o porto de Paranaguá precise realizar novas licitações.
Com uma companhia paranaense, poderemos ter uma draga adequada à nossa realidade e, ainda, prestar serviços para outros portos brasileiros, diz Requião. O superintendente afirma que a aquisição de uma draga pelo porto de Paranaguá não representará custos adicionais aos usuários e que há recursos suficientes em caixa para a compra do equipamento. Não há prazos para início da operação da companhia.
Fonte: Jornal do Commercio(POA)
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