Logística

ABTTC quer padronizar transporte de ‘vazios’

<P>A Associação Brasileira dos Terminais Retroportuários e das Empresas Transportadoras de Contêineres (ABTTC) lançou ontem um projeto para padronizar procedimentos e o agendamento eletrônico para entrega e retirada de contêineres nas instalações que movimentam cofres vazios na região. O s...

A Tribuna
12/02/2008 22:00
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A Associação Brasileira dos Terminais Retroportuários e das Empresas Transportadoras de Contêineres (ABTTC) lançou ontem um projeto para padronizar procedimentos e o agendamento eletrônico para entrega e retirada de contêineres nas instalações que movimentam cofres vazios na região. O setor tem 15 dias para apresentar alterações ao modelo proposto.

Informações da ABTTC revelam que, na Baixada Santista, existem 22 firmas que armazenam e fazem reparos em contêineres vazios, com um total de aproximadamente 1.600 funcionários. Esses terminais ocupam 1,2 milhão de metros quadrados e têm uma frota de 140 empilhadeiras dos mais variados tipos.

Até novembro do ano passado, conforme estatística da Codesp, foram movimentados 613 mil TEUs (unidade equivalente a um contêiner de 20 pés) em cofres vazios, quase um quarto de toda a operação de contêineres no porto (2,3 milhões de TEUs) no período.

Os depots, como também são chamados esses terminais, foram reiteradas vezes criticados no Comitê pela inexistência de procedimentos comuns para a operação de vazios e por não receberem as unidades após horário comercial.

De acordo com o vice-presidente do setor de Terminais de Vazios da ABTTC, Marcelo Nobre, a padronização fará com que armadores, exportadores, importadores e transportadoras tenham de seguir regras para a movimentação dessas cargas, o que deve diminuir as filas na entrada desses terminais. As orientações serão as mesmas para cada instalação.

Quanto ao agendamento, o vice-presidente afirmou que foram realizados testes do projeto em um terminal durante dois meses. Nesse período, foram movimentados 1.800 contêineres no local. ‘‘Depois disso, foi emitida uma pesquisa de opinião, em que 87,8% disseram que são a favor da continuidade do serviço na internet’’, destacou.

Embora não utilizem sistemas de computadores, alguns terminais já fazem o agendamento, mas por telefone. Para transferir o trabalho para um site, a ABTTC negocia a construção de uma página. Será nesta etapa que haverá a definição de como será feito o serviço — qual será o intervalo entre as entregas, por exemplo.

Entre os itens propostos pela ABTTC, consta que a entrega ou a retirada dos contêineres deverão ser feitas das 7 horas às 16h30, de segunda a sexta-feira, e das 7 horas às 10h30, no sábado. Na chegada ao terminal, os motoristas das carretas terão de apresentar a CNH e uma lista de documentos, seja para devolução ou para liberação das unidades.

Já quando houver necessidade de limpeza ou conserto de algum contêiner, o depot comunicará à transportadora responsável e fará um relatório, com fotos, e orçamento, que deverá ser aprovado para a realização do serviço.

Segundo Nobre, além das determinações os usuários deverão melhorar a qualidade das informações prestadas aos depots. ‘‘Há uma quantidade excessiva de erros nas minutas de devolução de contêiner e nas ordens de coleta. Em um documento diz que é contêiner open top (aqueles que contam somente com a base e as laterais, sem o topo), mas não é. Depois, em outro, diz que é cofre para carga geral, quando é para alimento, e cada um tem normas internacionais diferentes’’.

Ao final da exposição da associação, o diretor de Infra-estrutura e Serviços da Codesp, Paulino Moreira Vicente, pediu que todos os agentes envolvidos no setor apresentem sugestões ao modelo. Ele se comprometeu a realizar uma reunião técnica com todos os órgãos e empresas para ajustar os procedimentos.

Comitê pede mais fiscais no porto
Os integrantes do Comitê de Logística aprovaram ontem a emissão de ofícios ao ministro da Secretaria Especial de Portos (SEP), Pedro Brito, pedindo a interferência junto aos ministérios da Agricultura, da Defesa, da Fazenda, da Saúde e do Trabalho para aumentar o número de agentes nos órgãos dessas pastas no Porto de Santos. A primeira carta pede que Brito interceda junto à Marinha (Defesa) para que a Capitania dos Portos de São Paulo (CPSP) tenha mais inspetores navais, de modo que haja a fiscalização de pelo menos 15% das embarcações mercantes no complexo. Também há pedidos para que a Anvisa (Saúde), a Alfândega (Fazenda), o Serviço de Vigilância Agropecuária (Agricultura) e a Delegacia Regional do Trabalho recebam mais fiscais. ‘‘O Aeroporto de Cumbica e o Porto do Rio de Janeiro têm mais auditores que Santos, embora tenham uma movimentação de cargas muito menor’’, explicou o diretor de Infra-estrutura e Serviços da Codesp, Paulino Moreira Vicente.

Fonte: A Tribuna

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