Expectativa

Acesso brasileiro a portos do Peru deve sair em 2 anos

<P>A conclusão de uma rodovia interoceânica que ligará a fronteira brasileira aos portos peruanos de Ilo, Matarani e San Juan, reduzindo em aproximadamente 6 mil quilômetros a distância comercial com a Ásia, deve ser concluída em dois anos. A informação foi dada pelo representante do Consel...

Agência Estado
09/06/2008 00:00
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A conclusão de uma rodovia interoceânica que ligará a fronteira brasileira aos portos peruanos de Ilo, Matarani e San Juan, reduzindo em aproximadamente 6 mil quilômetros a distância comercial com a Ásia, deve ser concluída em dois anos. A informação foi dada pelo representante do Conselho Nacional do Desenvolvimento do Comércio Exterior do Peru, Francisco Ruiz, que participou do seminário internacional Saídas para o Pacífico e Áreas de Livre Comércio, que se encerra hoje em Puerto Maldonado, no Peru. O andamento das obras está com o cronograma previsto e a rota deve ser inaugurada em 2010, afirma Ruiz.

A expectativa é de que essa rota sirva de alternativa para o escoamento da produção de soja e de carne e de produtos industrializados das regiões Norte e Centro-Oeste à Ásia, que atualmente são embarcadas principalmente pelos portos de Santos, em São Paulo, e de Paranaguá, no Paraná. O custo do transporte deve ser reduzido em até US$ 30, em média, por tonelada, diz o diretor de Planejamento do Departamento Nacional de infra-estrutura de Transportes (DNIT), Miguel Souza.

Segundo ele, a idéia é incrementar inicialmente a corrente comercial entre o Brasil e o Peru e, num segundo momento, integrar o mercado brasileiro à Ásia. A estrada do lado brasileiro já está concluída. De Rio Branco, capital do Acre, até a fronteira, os 220 quilômetros da BR 317 estão asfaltados. Souza disse que a rodovia pelo lado peruano está com cerca de 50% de suas obras completas. A estrada, que terá mais de 2,5 mil quilômetros, entre Iñaparai, na fronteira, até os portos no Pacífico, vai custar cerca de US$ 700 milhões.

Ruiz afirma que o Brasil vai poder se beneficiar ainda dos acordos comerciais do Peru com os Estados Unidos, Canadá, Cingapura, China, Tailândia, Coréia do Sul, Índia, Japão e União Européia, alguns deles concretizados e outros em processo de conclusão. O Peru tem uma série de acordos. E é uma oportunidade para que as exportações brasileiras possam ser complementadas a partir das preferências tarifárias do Peru, explica.

Trecho crítico

O trecho crítico da estrada localiza-se entre os municípios peruanos de Puerto Maldonado e Cuzco, que tem um trajeto de 510 quilômetros de subidas pela floresta Amazônica e pela Cordilheira dos Andes. O governo do Peru pretende construir ainda uma rota alternativa a partir de Puerto Maldonado que poderá encurtar em cerca de 400 quilômetros a ligação rodoviária entre Rio Branco e porto de Ilo, no sul do Peru.

De acordo com Ruiz, os portos peruanos também estão recebendo investimentos para poder atender ao crescimento da movimentação com as cargas brasileiras. O governo (peruano) espera duplicar a capacidade dos portos até 2011, afirma ele, acrescentando que atualmente os portos movimentam mais de um milhão de contêineres por ano. Estamos contando com o crescimento do comércio com o Brasil, diz.

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