<P>Após denúncia do Sindicato dos Ferroviários de Mato Grosso do Sul, a ALL (América Latina Logística) informa, em nota à imprensa, que vai exigir que a empresa terceirizada J.Silva tome as devidas providências para regularizar a situação dos funcionários que estão trabalhando em um trech...
Amambaí News - MSApós denúncia do Sindicato dos Ferroviários de Mato Grosso do Sul, a ALL (América Latina Logística) informa, em nota à imprensa, que vai exigir que a empresa terceirizada J.Silva tome as devidas providências para regularizar a situação dos funcionários que estão trabalhando em um trecho em Corumbá. Caso não regularize as condições dos trabalhadores, a ALL ameaça rescindir o contrato de terceirização.
Os contratos de prestação de serviços firmados junto às empresas terceirizadas prevêem o devido recolhimento de impostos, FGTS e demais benefícios de direito dos trabalhadores, além da utilização de equipamentos de proteção Individual. Também é exigido das empresas terceiras que forneçam as devidas condições de trabalho necessárias aos seus empregados, diz a nota .
Segundo o Sindicato, refeição inadequada, falta de água potável, equipamento de segurança incompleto e jornadas de trabalho de mais de 15 horas, são alguns dos abusos cometidos contra trabalhadores que há 30 dias fazem a manutenção da malha ferroviária. Além disso, eles são transportados em vagões antigos que não oferecem segurança, relata o diretor do Sindicato, Divino Sidineys da Silva Serra.
O Sindicato fez uma vistoria ao local e às condições de trabalho dos funcionários da J.Silva e a João de Barro, empresas que executam serviços de manutenção para a ALL. Eles têm de tomar água suja porque a empresa não oferece água tratada, para o almoço recebem uma comida que não supre as necessidades de quem trabalha em um serviço pesado com aquele, detalha.
Os reparos estão sendo realizados entre as estação de Antônio Maria Coelho e Porto Esperança, cerca de 50 quilômetros de Corumbá, e devem durar mais noventa dias.
Segundo Divino, o gerente da J.Silva foi chamado ao Sindicato para por um fim à situação dos trabalhadores, mas ele não quis atender as reivindicações do Sindicato. Foi aí que decidimos fazer uma denúncia à Delegacia Regional do Trabalho. Esta situação não pode perdurar pois isso é como se fosse trabalho escravo.
O diretor do Sindicato conta que ficou sabendo das irregularidades através de um telefonema anônimo. ?Durante a fiscalização não conseguimos uma resposta objetiva dos trabalhadores, pois o encarregado estava presente e eles estavam com receio de serem despedidos, caso contassem a realidade do que acontece. Fizemos o pedido à Delegacia baseados só no que constatamos na presença do encarregado da empresa?, comenta.
A ALL foi notificada, pelo sindicato, sobre o que está acontecendo, mas até agora não se manifestou.
Uma visita da Delegacia do Trabalho é esperada para os próximos dias, conforme Divino.
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