Logística

ALL vê chance de crescer no próximo ano

<P>Na sexta-feira, 600 funcionários da área administrativa da ALL fizeram em Curitiba a festa de encerramento do ano em ritmo de balada. Nada de pessimismo por conta da crise, mesmo após a empresa ter anunciado recentemente previsão de crescimento menor no próximo exercício e redução de inve...

Valor Econômico
17/12/2008 00:00
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Na sexta-feira, 600 funcionários da área administrativa da ALL fizeram em Curitiba a festa de encerramento do ano em ritmo de balada. Nada de pessimismo por conta da crise, mesmo após a empresa ter anunciado recentemente previsão de crescimento menor no próximo exercício e redução de investimentos de R$ 700 milhões para R$ 600 milhões em 2009. Estamos realmente animados, disse ao Valor o diretor presidente da companhia, Bernardo Hees, após participar de reunião de diretoria, na segunda. A crise não é benéfica para a ALL, mas temos crescido em bons e maus momentos, completou.

Hess, presidente-maquinista: Esse será o melhor ano da nossa história


A última reunião do ano acontecerá na próxima semana, porque, de acordo com o executivo, trabalhar é o que a gente sabe fazer. Internamente, a crise não levou a mudanças no controle de custos. Na opinião de empregados, a empresa já trabalha com estrutura enxuta. Mudamos pouquíssimo do nosso plano para o ano que vem, foram ajustes cosméticos, contou Hees. De acordo com ele, dos R$ 600 milhões, cerca de R$ 550 milhões serão destinados a investimentos no Brasil (para locomotivas, vias permanentes, vagões e 40 pátios de cruzamento e manobra) e o restante na Argentina.


A ALL passará a usar em fevereiro trens de 8 mil toneladas, do Alto Araguaia (MT) até Santos (SP) O volume praticado é de 6 mil toneladas. Com maior produtividade, consome menos diesel e desgasta menos a via permanente. Também no primeiro trimestre irá inaugurar seu primeiro terminal de grãos, no porto de Paranaguá, com capacidade estática para 50 mil toneladas, no qual foram investidos R$ 35 milhões. O mercado pode ficar mais difícil, como estão falando, mas temos muita participação a ganhar, comentou Hees.


A empresa calcula que tem capacidade para multiplicar por quatro a cinco vezes o volume de transporte sem aumentar a malha ferroviária. Fora isso, negocia com o BNDES investimentos de R$ 700 milhões para que terceiros construam 250 quilômetros de trilhos até Rondonópolis (MT). Se acontecer uma crise catastrófica, que nunca aconteceu no país antes, meu 'market share' vai a 100%, porque vou capturar carga (do caminhão). Hoje, a empresa tem participação de 40% no transporte de grãos e quer passar de 45% em 2009 nas áreas em que atua, enquanto no segmento industrial quer saltar de 20% para até 30% nos segmentos que já atende (combustíveis, madeira e outros).


O executivo acrescentou que, com a crise, os custos com logística ganharão mais atenção, e o uso de ferrovia será uma opção mais econômica. Do jeito que estava antes, a indústria estava produzindo pra vender, e sobrava pouco espaço para pensar em logística. Agora os clientes vão pensar mais, prevê. Hees contou que tem expectativa de crescer no segmento de contêiner, com carga fechada e frigorificada. Se você compara nosso preço com o rodoviário, somos pelo menos 20% mais baratos, e pagamos 100% dos impostos. A diferença, disse ele, poderia ser maior. Muitos transportadores autônomos não pagam impostos que, se fossem considerados, fariam a diferença chegar a 35%, 40%.


Na ALL não devem ocorrer demissões em 2009. Pelo contrário, estão previstas até 400 contratações, sendo 250 para o cargo de maquinistas, que são formados pela empresa. O próprio Hees é maquinista. Já conduzo trem há mais de cinco anos. É o que eu gosto de fazer, contou o executivo. Sobre 2008, diz: é o melhor ano da nossa história. A movimentação de carga foi menor que o esperado no terceiro trimestre, mas Hess adiantou que o volume do quarto trimestre está sendo muito forte e que a empresa está bem perto de cumprir as metas.


Sobre os desafios que tem pela frente, o executivo-maquinista usa a seguinte expressão: a comida está caindo do prato. Ou seja, há muito por fazer.

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