Resistência da oposição e de entidades ligadas aos trabalhadores da Cemig.
O Tempo (MG)
A Assembleia Legislativa de Minas retoma hoje os trabalhos com um imbróglio nas mãos. Parlamentares devem voltar a discutir alteração na Constituição Estadual para permitir a venda do controle da Companhia de Gás de Minas Gerais (Gasmig), que o governo afirma ser necessária para a construção de um gasoduto que abastecerá a fábrica de amônia da Petrobras, em Uberaba, no Triângulo Mineiro, prevista para entrar em operação ano que vem.
A mudança na legislação, porém, esbarra na resistência da oposição e de entidades ligadas aos trabalhadores da Cemig, controladora da Gasmig. No fim de julho, a Cemig adquiriu os 40% das ações da companhia de gás que pertenciam à Petrobras. Com isso, a estatal mineira passou a deter o controle de 99,57% do capital da Gasmig – a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) possui 0,43% das ações -, mas afirma que não tem recursos para construir, sozinha, o gasoduto, que terá custo entre RS 1,8 bilhão e R$ 2 bilhões. Para viabilizar a obra, a estatal mineira mantém negociações com a espanhola Gás Natural Fenosa (GNF).
Em 2010, para que a Petrobras aprovasse a construção da Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados José Alencar (Fafen-JA) em Uberaba, o então governador de Minas e atual senador e presidenciável Aécio Neves (PS-DB-MG) afirmou que o governo mineiro, por meio da Gasmig, construiria o gasoduto. Mas, segundo o diretor de Relações Institucionais e Comunicação da Cemig, Luiz Henrique Michalick, a ideia inicial era ligar Uberaba às regiões de São Carlos ou Ribeirão Preto, em São Paulo. “A Gasmig não tem concessão para transportar gás, que é o que ocorre de um Estado para outro. Em Minas, não é transporte, mas distribuição”, explicou.
R$ 2 bi é o investimento previsto para construir o gasoduto.
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