<P>Depois de 52 dias parados, os auditores fiscais da Receita Federal decidiram nesta quinta-feira (8), em assembléia, voltar ao trabalho na segunda-feira. A paralisação foi suspensa com a condição de que o governo volte à mesa de negociação conforme foi prometido esta semana pelo ministro d...
Jornal do CommercioDepois de 52 dias parados, os auditores fiscais da Receita Federal decidiram nesta quinta-feira (8), em assembléia, voltar ao trabalho na segunda-feira. A paralisação foi suspensa com a condição de que o governo volte à mesa de negociação conforme foi prometido esta semana pelo ministro do Planejamento, Paulo Bernardo.
Caso não haja avanço nas negociações, os auditores fiscais garantem que voltam a cruzar os braços no dia 1º de junho. A categoria considera que este é um tempo suficiente para que o governo possa avaliar as reivindicações dos auditores.
Até às 19h30 desta quinta-feira a apuração parcial do votos da assembléia mostrava que 83,12% dos auditores votaram a favor do fim da greve. Tinham sido apurados os votos de 79 das 93 delegacias e representações sindicais nos estados. Mas o Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Unafisco) adiantou que os votos restantes não seriam suficientes para reverter a decisão.
Na última terça-feira, o comando de greve esteve reunido com Paulo Bernardo, que se dispôs a negociar os critérios de avaliação e promoção dentro da carreira. Mas o ministro afirmou na ocasião que não deu garantias aos auditores de que poderá avançar na proposta financeira. Ele também garantiu que os dias parados serão descontados. A Receita Federal do Brasil avisou, em nota publicada em sua página na internet, que as faltas dos auditores ocorridas no período de 9 a 30 de abril serão processadas e descontadas na folha de pagamento de maio.
Pressionado, o comando de greve encaminhou à assembléia um indicativo pelo fim da greve. Agora, o Unafisco tenta incluir nas negociações a possibilidade de não haver cortes nos salários. O governo propõe parcelar o reajuste salarial pretendido pelos auditores em três momentos: julho de 2008, julho de 2009 e julho de 2010. Os auditores querem um cronograma mais curto que se encerre pelo menos em dezembro de 2009. O porcentual reivindicado pelos auditores elevaria os vencimentos do topo da carreira dos atuais R$ 13 mil para mais de R$ 19 mil.
A greve estava prejudicando, sobretudo, a entrada e saída de mercadorias do país nos portos, aeroportos e nas fronteiras do País. A paralisação, iniciada em 18 de março, distorceu os dados estatísticos da balança comercial brasileira de abril. Na semana passada, o secretário de comércio exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Welber Barral, disse que exportações de soja, por exemplo, não foram registradas no Sistema de Comércio Exterior (Siscomex).
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