<P>O aumento de capital planejado pela LLX Logística, empresa do grupo EBX, de Eike Batista, deve atingir cerca de US$ 300 milhões, segundo analistas ouvidos pelo Valor. A expectativa é que a operação se realize até o fim deste ano. O dinheiro obtido garantirá parte dos recursos necessários ...
Valor EconômicoO aumento de capital planejado pela LLX Logística, empresa do grupo EBX, de Eike Batista, deve atingir cerca de US$ 300 milhões, segundo analistas ouvidos pelo Valor. A expectativa é que a operação se realize até o fim deste ano. O dinheiro obtido garantirá parte dos recursos necessários para o desenvolvimento de dois projetos: os portos do Açu e do Sudeste, no Rio.
O presidente da LLX, Ricardo Antunes, disse, na sexta-feira, que a operação já foi discutida com os acionistas, mas não quis antecipar números. Segundo ele, o grupo controlador, formado por Batista e pelo fundo de pensão dos professores de Ontário, no Canadá, o OTPP, se comprometeu a participar do aumento de capital.
Do capital da LLX, 57% pertencem a Batista e aos executivos da empresa, 19% estão com o OTPP e o restante, com minoritários. Um analista disse que a LLX terá de dar a todos os acionistas o direito de participar da subscrição de ações.
Os detalhes da capitalização foram a boa notícia em um dia em que a LLX comunicou a suspensão do projeto do Porto Brasil, em Peruíbe (SP). Antunes atribuiu a decisão a questões de disciplina financeira em um cenário de escassez de crédito. A ação da LLX fechou em R$ 1,20 na sexta-feira, com queda de 26%. Desde que se listou na bolsa, em 28 de julho, cai 75%.
Com a suspensão, a LLX reduz em cerca de 50% a demanda de investimento total, que cai de US$ 3,9 bilhões para US$ 2 bilhões. E diminui o fluxo de desembolsos, sobretudo a curto prazo. A estimativa da companhia é desenvolver os projetos com 25% de recursos próprios e 75% de financiamento.
Antunes disse que a empresa tem caixa de R$ 380 milhões e já teve linhas de crédito aprovadas pelo BNDES, de R$ 1,32 bilhão, com prazo de 12 anos e custo, em reais, de 9% ao ano. Em dólares, o custo ficaria abaixo da Libor (taxa interbancária do mercado londrino), um custo razoável. Outro financiamento tramita no BNDES.
Os analistas não se surpreenderam com a suspensão do porto, que precisaria superar vários aspectos regulatórios, ambientais e fundiários até tornar-se realidade.
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