Capitalização

BNDES e Fundo Soberano terão 17,4% da Petrobras

Valor Econômico
01/10/2010 13:28
Visualizações: 236 (0) (0) (0) (0)
O BNDES e o Fundo Soberano do Brasil (FSB) entraram com R$ 37,074 bilhões na capitalização da Petrobras e vão ficar, juntos, com 17,4% do capital total da companhia. Antes do processo, as duas entidades tinham participação conjunta de 10,2% na estatal.


Essa conta considera que 217 milhões de ações ordinárias (com direito a voto) pertencentes ao Tesouro Nacional, que tinham sido usadas para aumento de capital do BNDES e da Caixa Econômica Federal, foram entregues às entidades antes da operação.


Usando o mesmo critério, é possível concluir que o Tesouro aplicou R$ 42,951 bilhões em novas ações da petroleira, elevando sua participação de 29,6% para 31,6%.


Esses percentuais têm como base comunicado divulgado na madrugada de ontem pela Petrobras, com a composição do capital social pós-oferta pública. Deve haver um pequeno ajuste para baixo na fatia do governo nos próximos dias, caso seja confirmada a venda do lote suplementar de 187 milhões de ações.


Assim, o governo como um todo entrou com R$ 80,025 bilhões na operação. Esse número supera em mais de R$ 3,2 bilhões o aporte que era possível calcular com base no prospecto definitivo, divulgado na sexta-feira passada, de R$ 76,798 bilhões, e também é R$ 178 milhões maior que o valor de R$ 79,847 bilhões, que consta do prospecto divulgado ao órgão regulador do mercado nos EUA.


A diferença ante o prospecto americano equivale a 6 milhões de ações ordinárias, que foram compradas pelo BNDES ou Fundo Soberano.


Além dessa, a divulgação do comunicado de ontem revela novas diferenças em relação ao que foi informado pela companhia nos prospectos brasileiro e americano.


No documento brasileiro, por exemplo, a Petrobras dizia que o Tesouro ficaria com 4,222 bilhões de ações ordinárias após a oferta. No comunicado mais recente, o total de ações detidas diretamente é de 3,991 bilhões.

Da mesma forma, o prospecto brasileiro informava que o Fundo Soberano ficaria com 3% do capital da Petrobras depois da operação. Pela última versão, essa fatia será de 3,9%.


A Petrobras foi procurada para esclarecer as divergências, mas disse apenas, por e-mail, que as informações finais e corretas são as divulgadas na nota de ontem.


A razão para a diferença dos números tem relação com as transferências de ações feitas entre Tesouro e entidades controladas - como BNDES e Fundo Soberano - dias antes da oferta.


O governo transferiu 217 milhões de ações ordinárias para capitalizar a Caixa e o BNDES, mas depois parte dessas ações foi parar na carteira do FSB, embora não se saiba exatamente quantos papéis.


Outra divergência nos documentos sobre a oferta se refere à parcela do total que foi paga com títulos públicos. No prospecto americano, o texto diz que todas as ações compradas pelo governo - que lá equivaleriam a R$ 79,847 bilhões - seriam pagas com LFTs.


Na terça-feira, a Petrobras informou que o pagamento em LFTs no âmbito da oferta foi no valor equivalente a R$ 67,815 bilhões.


Longe de ser um detalhe, essa informação permite que se tenha impressões sobre a demanda pela operação. Isso porque as LFTs só podiam ser usadas como forma de pagamento na oferta prioritária, de R$ 85 bilhões, destinada aos acionistas existentes.


Se todos os R$ 79,847 bilhões tivessem sido pagos com LFTs, isso poderia significar que os minoritários teriam colocado cerca de R$ 5 bilhões na oferta prioritária.


Com a informação de que a parcela paga em títulos foi menor, de R$ 67,815 bilhões, é possível concluir que o governo não conseguiu comprar todas as ações que pretendia na prioritária, sendo obrigado a entrar com dinheiro na oferta aberta ao público.


Isso reforça a tese que circulava no mercado após a operação de que o preço de venda das ações foi elevado para evitar que a demanda superasse a oferta em um terço. Se isso ocorresse, o governo, como pessoa vinculada, não poderia comprar ações na oferta aberta.
Mais Lidas De Hoje
veja Também
SLB
SLB aposta em crescimento no Nordeste e investe em digit...
23/06/25
Evento
Copa Energia participa do Energy Summit 2025 e destaca c...
23/06/25
Internacional
Conflito no Oriente Médio pode elevar os custos de produ...
23/06/25
COP30
IBP realiza segundo evento Pré-COP30 em Belém
23/06/25
Rio de Janeiro
Innovarpel 2025: especialista fala sobre nova era da cib...
23/06/25
Copastur
Copastur destaca estratégia de expansão no Nordeste e fo...
23/06/25
Rio de Janeiro
Wilson Sons inicia operação com energia 100% renovável n...
23/06/25
Etanol
Anidro sobe 0,39% e hidratado registra alta de 1,15% na ...
23/06/25
Pessoas
Cristian Manzur é o novo diretor de QHSE do Bureau Verit...
23/06/25
Firjan
Indústria Criativa impulsiona economia e já representa R...
20/06/25
IBP
Leilão da 5ª Oferta Permanente tem bônus recorde
20/06/25
Tenaris
Tenaris aposta no onshore nordestino com soluções logíst...
20/06/25
Comemoração
Avanços da Inteligência Artificial no setor de petróleo ...
20/06/25
ETEP
ETEP destaca tradição, certificações internacionais e fo...
20/06/25
PPSA
Com 6,36 milhões de m³ por dia em abril, produção de gás...
20/06/25
Treinamento
OneSubsea e Senai Paraná lançam nova edição de programa ...
20/06/25
RenovaBio
AGU garante aplicação de metas de descarbonização defini...
18/06/25
Sebrae Amapá
Josiel Alcolumbre defende qualificação de mão de obra no...
18/06/25
Logística
Nova pista do Aeroporto de Macaé é inaugurada como case ...
18/06/25
Oferta Permanente
Oferta Permanente de Concessão (OPC): 5º Ciclo tem recor...
18/06/25
Apollo
Apollo destaca contrato com a Petrobras e aposta em inov...
18/06/25
VEJA MAIS
Newsletter TN

Fale Conosco

Utilizamos cookies para garantir que você tenha a melhor experiência em nosso site. Se você continuar a usar este site, assumiremos que você concorda com a nossa política de privacidade, termos de uso e cookies.

22