Mais uma etapa do processo de construção da usina siderúrgica Ceará Steel foi deflagrada ontem com a assinatura de contratos com três empresas por um período de 20 anos. Companhia de Gestão de Recursos Hídricos (Cogerh), Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece) e Com...
Redação
29/03/2006 00:00
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Mais uma etapa do processo de construção da usina siderúrgica Ceará Steel foi deflagrada ontem com a assinatura de contratos com três empresas por um período de 20 anos. Companhia de Gestão de Recursos Hídricos (Cogerh), Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece) e Companhia de Integração Portuária do Ceará (Ceará Portos) irão fornecer serviços e apoio operacional, totalizando investimentos da ordem de R$ 150 milhões, além dos US$ 760 milhões empregados na siderúrgica pelo consórcio administrador - a italiana Daniele, a sul-coreana DongKuk Steel e a brasileira Vale do Rio Doce. A previsão é que a Ceará Steel comece a operar no segundo semestre de 2008. Na prática, o estabelecimento dos contratos significa que as três empresas terão de aplicar recursos no projeto como um todo. A Cogerh vai fornecer um volume de 3,950 milhões de m³/ano de água bruta, com vazão máxima de 600 m³/hora, com previsão de alcançar uma receita de R$ 51 milhões. Os serviços prestados pela Cagece serão de água tratada, esgoto sanitário e esgoto industrial e representarão para o estado um ganho de R$ 22 milhões. O contrato para movimentar insumos de produtos siderúrgicos na Ceará Portos prevê o deslocamento de 2,5 milhões de toneladas/ano de pelotas de minério de ferro, além de 1,5 milhão t/ano de placas de aço. Consta também que a empresa estadual vai construir uma correia transportadora para facilitar a movimentação de carga, representando um investimento total aproximado de R$ 80 milhões. O governador Lúcio Alcântara comentou, durante a cerimônia de assinatura no Palácio Iracema, o grau de dificuldade para concretização dos contratos com todas as partes, considerando ser um acordo de longo prazo. Giovanni Coassin, representante da Daniele, segunda maior acionista da Ceará Steel, também fez referência à complexidade da negociação que envolveu o fechamento dos três contratos. Os dirigentes da Ceará Steel informaram também que a vencedora da licitação referente à segunda etapa das obras de terraplanagem da siderúrgica só será conhecida na segunda quinzena de abril. Ao todo são 11 empresas participando da concorrência. Representantes de todas elas estiveram segunda-feira no local da construção para uma visita técnica, e em 4 de abril vão apresentar uma análise técnica e comercial. Originalmente o anúncio da empresa responsável por essa fase deveria ter sido anunciada há duas semanas. Porém, a alegação oficial da Ceará Steel é que a primeira licitação realizada deixou a desejar em aspectos técnicos. O consórcio de companhias que formam a siderúrgica então fizeram uma segunda cotação, dia 20 de março, cujo processo deverá estar encerrado até o final de abril. Outras etapas de menor porte da construção da siderúrgica têm previsão de assinatura de contratos ainda este ano. Pelo menos dois acordos estão previstos no cronograma referentes ao fornecimento de ferroliga e cal. Eles deverão ser fechados em julho ou agosto deste ano. No início de fevereiro de 2006 foi consolidado um contrato com a White Martins para construção de uma planta de gases industriais para atender a demanda da Ceará Steel. As negociações já vinham acontecendo desde 29 de dezembro de 2005. Basicamente será fornecido oxigênio, nitrogênio e argônio. O que sobrar será comercializado em toda a região Nordeste pela White Martins.
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