O Grupo Combustol & Metalpó, um dos principais grupos industriais do país nos segmentos de fornos industriais, refratários, tratamento térmico e metalurgia do pó, concluiu projeto de migração de matriz energética de fornos da Aperam South America. Além do projeto de migração, o Grupo implantou uma linha piloto de fornos de recozimento, descarbonetação e nitretação no Centro de Pesquisas da empresa para o desenvolvimento de novos processos de produção de Aço Elétrico de grão orientado - material que possui excelentes propri edades magnéticas, capazes de garantir maior eficiência dos equipamentos elétricos e economia de energia.
A linha piloto, que já está em funcionamento, tem como principal objetivo eliminar algumas etapas existentes no modelo atual de produção, tornando o processo mais simples e competitivo e gerar uma grande economia nos custos da empresa. Além disso, o equipamento deve impulsionar a pesquisa e os testes com aço elétrico.
No projeto de migração energética, a empresa readequou 12 fornos para operar com Gás Natural (GN) como combustível, mas sem deixar de lado a capacidade de operar, também, com Gás Liquefeito de Petróleo (GLP). O processo de produção das peças e readaptação destes equipamentos durou mais de onze meses.
Entre os equipamentos estão os fornos Walking Beam, Steckel, Pusher, Werner, RB2, RB1, RC3, RB3, RB4, Aciaria, FTT e Cowper. Com capacidade para operar com temperaturas de 1000ºC-75kW, os fornos são utilizados para tratamento térmico de tiras de Aço Silício. Com a conversão da matriz energética, a produção torna-se mais simples e mais competitiva. “O Gás Natural é 34% mais barato que o GLP (gás liquefeito de Petróleo), o que proporciona uma economia anual de cerca de US$ 20 milhões. Os ganhos ambientais também são grandes, pois há uma diminuição da emissão de CO2 em 37 mil toneladas por ano”, comenta o diretor da Aperam, Marcos Antonio Araújo.
Outro ponto positivo é a maior segurança dos funcionários que operam os equipamentos, segundo o gestor. “Em caso de vazamentos, como o Gás Natural é menos denso que o ar, sua tendência é subir e se dispersar rapidamente, enquanto o GLP se mantém próximo ao chão, aumentando as chances de incêndio”, conclui.