A Barra Energia do Brasil Petróleo e Gás Ltda. (Barra Energia) anunciou a conclusão da perfuração e testes do poço 7-ATL-2HP-RJS, o primeiro poço horizontal produtor de petróleo do desenvolvimento do Campo de Atlanta - uma das duas acumulações de petróleo em desenvolvimento no Bloco BS-4, sendo o outro o Campo de Oliva. A Barra Energia detém uma participação de 30% no bloco, em parceria com a Queiroz Galvão Exploração e Produção (30%), operadora do bloco, e a Óleo e Gás Participações com os restantes 40%.
Segundo a empresa, o teste confirmou um índice de Produtividade (IP) maior do que aquele esperado com base nos estudos preliminares de simulação de reservatório. "Estes expressivos resultados indicam que esse poço, quando colocado em forma normal e definitiva de produção e estando equipado com uma bomba de fundo (BCSS) de maior capacidade como prevê o projeto definitivo, poderá apresentar uma produção de óleo próxima ao limite superior do range de produtividade originalmente estimado, de 6.000 a 12.000 barris de óleo por dia (bopd)", diz a nota divulgada pela Barra Energia.
Localizado a cerca de 1.500m de lâmina d'água, o poço foi perfurado a uma profundidade total medida de 3.502m. Uma seção horizontal de 750m foi perfurada com pleno sucesso na zona de óleo, que consiste em reservatórios arenosos do Eoceno de alta qualidade, com porosidade média de 38%. A parte horizontal do poço foi então equipada com telas para contenção de areia (gravelpacking), que permite maximizar a produtividade de óleo, impedindo a produção de grãos de areia do reservatório para dentro do poço e dos equipamentos de produção.
O teste de formação apresentou duas situações distintas de fluxo. A primeira delas com vazão reduzida para permitir a coleta de amostras de óleo e gás de fundo de poço, e a segunda com menores restrições. Vazões de óleo de 1.250 bopd e de mais de 5.000 bopd, respectivamente, foram registradas nessas duas diferentes situações de fluxo. Estas vazões estiveram sujeitas às habituais restrições existentes na planta de processo provisória que se utiliza para execução desse tipo de teste, com limitada capacidade de estocagem e de queima do óleo (14° API) e gás produzidos, e ainda pela baixa capacidade da Bomba CentrífugaSubmarina Submersa (BCSS) utilizada.
O consórcio dará seguimento imediato às próximas fases do desenvolvimento do campo, com a perfuração de poços adicionais de produção e a licitação de uma unidade de produção tipo FPSO (Floating, Production, StorageandOffloading). O primeiro óleo de Atlanta é esperado para o final de 2015 ou início de 2016.
"Este resultado mais uma vez demonstra o acerto da estratégia de negócio da Barra Energia, que busca posicionar-se em um nicho de oportunidades adequadas para companhias de petróleo independentes, bem capitalizadas e tecnicamente capazes", disse o diretor presidente da empresa, João Carlos de Luca.
Para o diretor executivo, Renato Bertani, "o desenvolvimento do Campo de Atlanta apresenta desafios tecnológicos e operacionais únicos devido às características de óleo pesado e a natureza não consolidada dos reservatórios arenosos do Eoceno; trabalho em equipe em cooperação com o operador e a adoção de soluções inovadoras provaram ser a fórmula certa para obter-se um resultado de poço extremamente bem sucedido, e assim será nas próximas fases de desenvolvimento".