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Cresce o número de empresas brasileiras que recebem apoio do governo federal para inovar

Redação/Assessoria
03/02/2017 14:29
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Segundo pesquisa do IBGE, 40,4% das empresas contam com incentivos como a Lei do Bem para investir em inovação. Investimentos em 2014 somaram R$ 81,5 bilhões. Para secretário do MCTIC, há espaço para fazer mais.

O número de empresas inovadoras beneficiadas pelos incentivos do governo federal, como a Lei do Bem, cresceu de 34,2% no período 2009 – 2011 para 40,4% no triênio 2012 – 2014. Os dados são da Pesquisa de Inovação (Pintec) 2014 apresentada nesta quinta-feira (2) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC).

"Os resultados são surpreendentes. Indicam uma grande possiblidade de atuação em prol da inovação. Das empresas que inovam, é crescente o número daquelas que contam com algum benefício do governo. Hoje, 40,4% das empresas se apoiam em benefícios do governo federal", avaliou o secretário de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação, Alvaro Prata.

Ele ressaltou, no entanto, que, apesar dos incentivos oferecidos pelo governo, é preciso ampliar os instrumentos para que um número maior de empresas invista em inovação.

"Apenas 36% das empresas inovam. E esse número não tem crescido. Dessas, apenas 2,4% inovam para o mercado mundial. A inovação tem que tornar nossas empresas mais competitivas. Isso tudo nos faz ver que há um espaço enorme para que nós possamos ampliar as nossas políticas e instrumentos. Há uma percepção de que o setor industrial não usa todos os benefícios e toda infraestrutura do nosso rico sistema nacional de ciência, tecnologia e inovação. Esse é o nosso desafio: levar cada vez mais o conhecimento científico, que é bem sedimentado, para beneficiar o nosso desenvolvimento econômico e industrial", afirmou.

Investimentos

A pesquisa revela ainda que, em 2014, as empresas inovadoras investiram R$ 81,5 bilhões em atividades inovativas, o que representou 2,54% da receita líquida anual de vendas dessas empresas. Na indústria, o total de dispêndios com atividades inovativas foi de 2,12% da receita líquida, menor patamar histórico já registrado pela pesquisa.

"A Pintec atual acaba, de certa forma, reproduzindo um quadro que a gente tinha observado na edição anterior. Foi uma pesquisa que transcorreu num ambiente de crise econômica. Tivemos uma estabilidade dos indicadores de taxas de inovação de dispêndio no total do âmbito da pesquisa, mas no segmento industrial, que é considerado líder em desenvolvimento tecnológico, a gente teve os piores indicadores de investimento da história em inovação", observou o gerente da Pintec, Alessandro Pinheiro.

Na avaliação da diretora de Estudos e Políticas Setoriais de Inovação e Infraestrutura do Ipea, Fernanda De Negri, as condições para o setor no país foram aperfeiçoadas, mas o ambiente ainda contribui para que as empresas deixem de investir.

"Ao longo do tempo, o Brasil criou uma série de políticas públicas para o setor e, com isso, teve um aumento no número de empresas apoiadas. Mas na última década, apesar de tanto esforço, cresceu muito pouco. Estou convencida de que existem condições que afetam o ambiente da inovação no país. As políticas são importantes, mas sozinhas não vão resolver. Temos que melhorar as condições econômicas e estimular a concorrência. Ainda há muita dificuldade para se abrir uma empresa no Brasil e barreiras de mercado", destacou.

O diretor do IBGE, Roberto Luiz Olinto Ramos, também acompanhou a apresentação do estudo no MCTIC.

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