Economia

Crise atual é mais difícil de superar que a de 2008

O economista Flávio Castelo Branco, gerente de Política Econômica da Confederação Nacional da Indústria (CNI), disse hoje (1°) que superar a crise econômica atual será mais difícil que em 2008

Agência Brasil
16/12/2015 15:15
Crise atual é mais difícil de superar que a de 2008 Imagem: Agência Brasil Visualizações: 653 (0) (0) (0) (0)

 

O economista  Flávio Castelo Branco, gerente de Política Econômica da Confederação Nacional da Indústria (CNI), disse hoje (1°) que superar a crise econômica atual será mais difícil que em 2008. Segundo ele, a de 2008 foi uma crise externa do setor financeiro internacional, "que repercutiu fortemente aqui com problemas de liquidez".
De acordo com o economista, na época, as ações de política econômica acabaram revertendo a crise. "Hoje é diferente. Temos uma crise doméstica de natureza fiscal, junto a dificuldades de competitividade."
Castelo Branco falou sobre o assunto ao comentar os indicadores industriais de outubro, divulgados nesta terça-feira pela CNI. Os dados coletados pela entidade mostram queda no faturamento, emprego, horas trabalhadas e massa salarial na comparação com 2013 e 2014. Para o gerente da CNI, o fato de o governo ter mantido os gastos em alta e não ter solucionado a questão da competitividade no país contribuiu para a crise econômica de 2015.
"As medidas de recuperação da demanda em 2009 se mostraram eficazes. Foram tipicamente anticíclicas [nome dado a ações adotadas para enfrentar um ciclo econômico e que, em época de recessão, envolvem estímulo ao consumo e aumento de gastos]. O problema foi continuar com elas mesmo depois que a economia brasileira já tinha se recuperado. Nosso problema não era mais de demanda, mas de competitividade. Terminou tendo um custo fiscal elevado para o Tesouro", afirmou Flávio Castelo Branco.
O economista também afirmou que o resultado do Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e serviços produzidos em um país), divulgado hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) ,"não surpreendeu". Segundo o IBGE, o PIB brasileiro recuou 1,7% no terceiro trimestre do ano e o PIB específico da indústria caiu 1,3%.
Conforme Castelo Branco, a queda de investimentos na indústria é "expressiva". "As quedas são bastante expressivas e a recuperação futura acaba sendo comprometida."
Castelo Branco acrescentou que o setor vê 2016 "com apreensão". "Os problemas de 2014 não foram solucionados em 2015. Muitos deles se agravaram e, como estão sendo transferidos para 2016, vamos começar o próximo ano com as mesas dificuldades presentes", concluiu.

O economista  Flávio Castelo Branco, gerente de Política Econômica da Confederação Nacional da Indústria (CNI), disse hoje (1°) que superar a crise econômica atual será mais difícil que em 2008. Segundo ele, a de 2008 foi uma crise externa do setor financeiro internacional, "que repercutiu fortemente aqui com problemas de liquidez".
De acordo com o economista, na época, as ações de política econômica acabaram revertendo a crise. "Hoje é diferente. Temos uma crise doméstica de natureza fiscal, junto a dificuldades de competitividade."

Castelo Branco falou sobre o assunto ao comentar os indicadores industriais de outubro, divulgados nesta terça-feira pela CNI. Os dados coletados pela entidade mostram queda no faturamento, emprego, horas trabalhadas e massa salarial na comparação com 2013 e 2014. Para o gerente da CNI, o fato de o governo ter mantido os gastos em alta e não ter solucionado a questão da competitividade no país contribuiu para a crise econômica de 2015.

"As medidas de recuperação da demanda em 2009 se mostraram eficazes. Foram tipicamente anticíclicas [nome dado a ações adotadas para enfrentar um ciclo econômico e que, em época de recessão, envolvem estímulo ao consumo e aumento de gastos]. O problema foi continuar com elas mesmo depois que a economia brasileira já tinha se recuperado. Nosso problema não era mais de demanda, mas de competitividade. Terminou tendo um custo fiscal elevado para o Tesouro", afirmou Flávio Castelo Branco.

O economista também afirmou que o resultado do Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e serviços produzidos em um país), divulgado hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) ,"não surpreendeu". Segundo o IBGE, o PIB brasileiro recuou 1,7% no terceiro trimestre do ano e o PIB específico da indústria caiu 1,3%.

Conforme Castelo Branco, a queda de investimentos na indústria é "expressiva". "As quedas são bastante expressivas e a recuperação futura acaba sendo comprometida."

Castelo Branco acrescentou que o setor vê 2016 "com apreensão". "Os problemas de 2014 não foram solucionados em 2015. Muitos deles se agravaram e, como estão sendo transferidos para 2016, vamos começar o próximo ano com as mesas dificuldades presentes", concluiu.

 

Mais Lidas De Hoje
veja Também
Captura de CO2
Impact Hub e Tencent lançam programa que disponibiliza a...
30/04/25
Resultado
Com recordes no pré-sal, Petrobras cresce 5,4% de produç...
30/04/25
Internacional
Petrobras apresenta oportunidades de investimento no set...
29/04/25
Royalties
Valores referentes à produção de fevereiro para contrato...
29/04/25
Biometano
TBG desenvolve projeto de Hub de Biometano para incremen...
29/04/25
Gás Natural
Comgás abre chamada pública para aquisição de gás natural
29/04/25
Pessoas
BRAVA Energia anuncia Carlos Travassos como novo Diretor...
28/04/25
OTC HOUSTON 2025
Indústria brasileira vai à OTC 2025 buscando ampliar sua...
28/04/25
Energia Elétrica
Mês de maio tem bandeira amarela acionada
28/04/25
Energia Elétrica
Prime Energy expande atuação em Minas Gerais
28/04/25
Resultado
PPSA encerra 2024 com lucro de R$ 28,8 milhões
28/04/25
Seminário
Estaleiro Mauá realiza Seminário Soluções e Inovações de...
28/04/25
Etanol
Hidratado e anidro fecham a semana em baixa
28/04/25
Etanol
MG deverá colher 77,2 milhões de toneladas de cana na sa...
28/04/25
Bunker
Petrobras e Vale celebram parceria para teste com bunker...
25/04/25
Pessoas
Thierry Roland Soret é o novo CEO da Arai Energy
25/04/25
Combustível
ANP concede autorização excepcional para fornecimento de...
25/04/25
Sísmica
ANP aprova aprimoramento de normas sobre dados digitais ...
25/04/25
RenovaBio
Regulação do RenovaBio trava o mercado e ameaça metas de...
25/04/25
Bacia de Santos
Oil States do Brasil fecha novo contrato com a Petrobras...
24/04/25
Oportunidade
Últimos dias para se inscrever no programa de estágio da...
24/04/25
VEJA MAIS
Newsletter TN

Fale Conosco

Utilizamos cookies para garantir que você tenha a melhor experiência em nosso site. Se você continuar a usar este site, assumiremos que você concorda com a nossa política de privacidade, termos de uso e cookies.

22