<P>A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), terceira maior do setor no País, vai construir uma nova usina de placa de aço com capacidade de 4,5 milhões de toneladas no Nordeste. A informação é do presidente da companhia, Benjamin Steinbruch. O empresário, junto com o colega Jorge Gerdau - con...
Diário do Nordeste/CEA Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), terceira maior do setor no País, vai construir uma nova usina de placa de aço com capacidade de 4,5 milhões de toneladas no Nordeste. A informação é do presidente da companhia, Benjamin Steinbruch. O empresário, junto com o colega Jorge Gerdau - controlador do Grupo Gerdau, foi convidado para um debate sobre ´Estratégia Nacional de Desenvolvimento´ promovido pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).
´Vamos viabilizar três projetos (siderúrgicos). O de Itaguaí (RJ), Congonhas (MG) e outro em local a ser definido. Provavelmente no Nordeste´, disse o empresário. Os planos de Steinbruch é construir três usinas de 4,5 milhões de toneladas, o que significará a produção de 13,5 milhões de toneladas. Ele não definiu prazos, mas disse que em quatro anos, a CSN vai investir US$ 9 bilhões.
Steinbruch disse ainda que não conta mais com a chinesa Baosteel como parceira na construção da Usina de Itaguaí - onde a CSN construiu um porto que deverá transformar a CSN também numa exportadora de minério de ferro. ´Eles (Baosteel) escolheram o projeto do Espírito Santo. Entendo que eles não vão mais ficar no projeto de Itaguaí´, disse.
A informação de Steinbruch chega ao Ceará com um misto de satisfação e de desconfiança, diante da batalha em que se transformou a instalação da usina siderúrgica no Estado. Satisfação, pela possibilidade de que um novo projeto possa aportar no Estado, mas também de suspeita, perante a postura dos empresários do setor siderúrgico do Sudeste, diante da possibilidade de instalação da Ceara Steel, no Estado.
Para o administrador, ex-secretário Estadual do Desenvolvimento Econômico, Régis Dias, a notícia é mais ´um bode na sala´, ´um factóide´, criado apenas para gerar novas discussões, atrair a atenção para um ´fato´ novo, desvirtuar e retardar os rumos das discussões sobre a siderúrgica com investimento coreano e italiano. ´Isso mostra que a usina do Ceará está mais próxima do que se imagina´, avalia. Se ela será a carvão ou a gás, ele não se manifesta. Mas questiona: ´A Gerdau e a CNS têm negócios aqui, gozam de benefícios fiscais no Estado e conhecem o potencial da região há muitos anos. Por que só agora anunciam esse interesse no Nordeste?´, interroga. ´Essa notícia é mais uma tentativa de desviar a atenção e atrasar o processo´, alertou Dias. Para uma fonte do governo estadual, a notícia mostra que o mercado siderúrgico brasileiro não está parado e já percebeu o potencial, fatores e as oportunidades favoráveis para o setor que o Ceará apresenta na atual conjuntura econômica. ´Não acho que a novidade possa atrapalhar a primeira´, diz a fonte. Ambos avaliam que as duas seriam bem-vindas.
Fonte: Diário do Nordeste/CE
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